O Conselho de Segurança da ONU se reúne novamente nesta terça-feira (19/12) para debater a situação da Faixa de Gaza. Mas, em razão da interferência dos EUA e de Israel, a nova resolução proposta pelos Emirados Árabes Unidos deve deixar de fora a menção a um cessar-fogo humanitário.
Para evitar um novo veto, a proposta deve se concentrar no envio de ajuda humanitária. Washington acredita que o cessar-fogo acaba por beneficiar o Hamas. Por isso, tem defendido a ideia de pausa nos combates, para poupar civis.
Enquanto isso, o massacre contra palestinos segue em curso, com mais de 19 mil mortos. Israel segue matando centenas por dia, a maioria de crianças e adolescentes.
O professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC, Igor Fuser, criticou essa postura do governo norte-americano e afirmou que o Conselho de Segurança está paralisado por causa deste poder de veto.
“O Conselho de Segurança está paralisado pelo direito de veto que os EUA, juntamente com outras potências, têm sobre as decisões de Conselho”, apontou.
Bolívar Parra-Presidência da República
Conselho rejeitou, no início de dezembro, resolução que pedia cessar-fogo imediato
Fuser participou ao vivo do Central do Brasil nesta terça-feira (19/12) e reforçou as críticas ao envolvimento do governo estadunidense no massacre contra os palestinos.
“Os Estados Unidos são cúmplices do genocídio que Israel está cometendo em Gaza. Os Estados Unidos fornecem as bombas que são explodidas em Gaza”.
Na entrevista, o professor também analisou o nível da cobertura da imprensa, aqui no Brasil, sobre o os ataques a Gaza e expressou preocupação com uma provável naturalização das mortes de palestinos.
O conteúdo completo está disponível na edição desta terça-feira (19/12) do Central do Brasil no canal do Brasil de Fato no YouTube.