A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) adotou nesta sexta-feira (15/11) uma resolução reconhecendo o direito do povo palestino à autodeterminação, independência e liberdade da ocupação israelense.
A declaração consolida o direito como “inalienável, incondicional e inegociável”, e rejeita quaisquer medidas tomadas no território pelo governo de Israel sob alegação de “medidas de segurança”, como é o caso do argumento do “direito a autodefesa” sustentado pelo país para seguir realizando suas operações na Faixa de Gaza.
A resolução faz referência à opinião consultiva emitida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), sediada em Haia, que declarou a ocupação israelense ilegal e pediu pelo cessar-fogo imediato. Ainda de acordo com ela, a cessação dos ataques é fundamental para permitir que o povo palestino exerça seu direito à autodeterminação e alcance a condição de Estado.
Ao todo, 170 países votaram a favor da resolução, incluindo todos os Estados-membros da União Europeia, enquanto apenas seis se opuseram: Israel, Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Micronésia e Nauru.
A Assembleia Geral da ONU reiterou sua rejeição aos crimes de guerra cometidos por Tel Aviv e enfatizou a necessidade da comunidade internacional agir para defender o direito do povo palestino.
Enquanto isso, o representante palestino na ONU, Riyad Mansour, enfatizou o compromisso de seu país com o apoio global e disse que a liderança palestina persistiria em seus esforços para responsabilizar Israel por seus crimes, incluindo crimes de guerra e contra a humanidade, além do deslocamento forçado de palestinos. Ele também apelou pela garantia de um cessar-fogo em Gaza e acessibilidade à ajuda humanitária.
A votação da resolução ocorre em meio às agressões israelenses em curso contra os palestinos, especialmente em Gaza. A resolução rejeita essas ações e as configura como crimes contra a humanidade e genocídio.
(*) Com Telesur