Um ataque aéreo israelense nesta terça-feira (25/06) matou dez membros da família do chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, incluindo sua irmã, no campo de refugiados de Shati, no norte de Gaza. A informação foi confirmada pela agência de Defesa Civil do enclave.
No mesmo dia, o grupo palestino culpou o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela continuidade da “guerra de extermínio” contra o povo palestino dando a Israel “cobertura política e militar, e tempo para realizar a tarefa de destruição e extermínio no enclave”.
De acordo com o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, tudo indica que o ataque liderado por Tel Aviv havia sido premeditado, o que confronta com a alegação israelense de que não poderia “confirmar no momento” que havia atingido a casa da família Haniyeh.
“Há 10 mártires (…) como resultado do ataque, incluindo Zahr Haniyeh, irmã do chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh”, afirmou Basal, acrescentando que equipes de resgate de emergência prontamente removeram os corpos de Zahr, seu marido e seus oito filhos. Outras vítimas feridas foram transferidas para o Hospital al-Ahli, perto da Cidade de Gaza.
Por meio de comunicado, o Hamas pediu “à comunidade internacional e às Nações Unidas que assumam suas responsabilidades em relação a esses crimes horríveis em andamento, tomem medidas urgentes para proteger civis inocentes e responsabilizem os líderes terroristas da ocupação por seus crimes”.
Em abril, três filhos e três netos do líder político do Hamas foram assassinados pelas forças israelenses enquanto viajavam de carro ao campo de refugiados de Shati para visitar seus parentes. De acordo com a emissora catari Al Jazeera, até o momento, ao menos 60 membros da família Haniyeh foram mortos em decorrência das operações militares coordenadas por Israel no território palestino.