Sábado, 14 de junho de 2025
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Neste sábado (07/06), segundo dia Eid al-Adha, feriado sagrado no calendário muçulmano, Israel intensificou seus ataques contra a população palestina na Faixa de Gaza. Segundo fontes médicas ouvidas pela Al Jazeera, 66 pessoas foram mortas nesta manhã.

A Defesa Civil de Gaza relatou que ao menos 15 civis foram mortos e outros 50 ficaram feridos em um bombardeio no bairro de Sabra, na Cidade de Gaza, classificando o ataque como um “massacre completo”.

As forças israelenses mataram ainda oito pessoas que aguardavam ajuda humanitária perto do posto de al-Akhawah, próximo a Rafah. Com isso, chega a 118 o número de mortos em busca de auxílio humanitário, desde o início das operações da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.

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Em meio aos ataques, o Hamas emitiu um alerta sobre o prisioneiro israelense Matan Zangauker, mantido em uma área sitiada pelas tropas israelenses. O porta-voz do grupo, Abu Obeida, afirmou que “se Zangauker for morto durante uma tentativa de libertá-lo, o exército israelense será o responsável”.

Israel também pressiona pelo deslocamento de milhares de palestinos de suas casas. Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, todos os moradores dos bairros de Abd al-Rahman, no noroeste da Cidade de Gaza, e de al-Nahda, no campo de refugiados de Jabalia, devem “evacuar imediatamente para o sul”.

Gaza bombardeada
Nações Unidas / Divulgação

Demolições na Cisjordânia

Já na Cisjordânia ocupada, o exército israelense continua realizando demolições em larga escala nos campos de refugiados. Segundo a agência palestina Wafa, pelo segundo dia consecutivo, prédios estão sendo destruídos em Tulkarem.

As demolições são parte do plano israelense de destruir 106 estruturas nas regiões de Tulkarem e Nur Shams. Segundo a agência, os moradores receberam um aviso prévio de apenas “3 horas para coletar pertences” antes da chegada das máquinas.

Desde janeiro deste ano, centenas de residências já foram demolidas nos campos de Tulkarem, Nur Shams e Jenin. Segundo a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA), as ações “visam mudar permanentemente as características dos campos”.

Estima-se que cerca de 40 mil palestinos tenham sido forçados a deixar suas casas no maior deslocamento na Cisjordânia desde 1967.