Sábado, 14 de junho de 2025
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Ativistas suíços deixaram seu país nesta quarta-feira (11/06) para participar da “Marcha Global para Gaza”, um movimento internacional que conta com a presença de manifestantes de pelo menos 54 países com o objetivo de entregar ajuda humanitária ao povo palestino, pressionar as autoridades egípcias a abrirem a passagem de Rafah, assim como romper o cerco imposto pelo governo de Israel na Faixa de Gaza.

A iniciativa prevê que todos os participantes se reúnam nesta quinta-feira (12/06) em Cairo, no Egito, para assim partirem em direção à cidade de al-Arish, tendo como destino final a fronteira de Rafah, no sul do enclave, de onde instalarão acampamentos em protesto contra as condutas do regime sionista.

A expectativa é de que os manifestantes cheguem na fronteira de Rafah no domingo (15/06) e encerrem a ação em 20 de junho.

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Ainda nesta quarta-feira, pelo menos 205 ativistas da Grécia endossaram a iniciativa e se juntaram à marcha, apesar dos laços estreitos que o governo grego mantém com o israelense.

“Esta marcha para Gaza não é apenas uma jornada – é um grito contra a injustiça. Trata-se de construir pontes entre as pessoas. É um ato político de desafio diante do silêncio do governo”, afirmou em comunicado a Comunidade Palestina da Grécia.

No dia anterior, aproximadamente mil pessoas do Comboio Sumud, liderado pela Tunísia no âmbito da “Marcha Global para Gaza”, chegaram à Líbia para logo seguirem o caminho cruzando a parte oriental do país. O grupo, composto principalmente por cidadãos do Magrebe, deve crescer à medida que manifestantes dos países pelos quais o transporte passa se juntam à iniciativa.

De acordo com a emissora catari Al Jazeera, o comboio ainda não recebeu permissão das autoridades locais para passar pelo leste da Líbia. O veículo também apontou que “outra preocupação está no Egito”, no trecho entre al-Arish e a passagem de fronteira de Rafah, pois a gestão classifica essa área como uma zona militar e “não permite a entrada de ninguém”. O governo egípcio ainda não emitiu uma declaração sobre se permitirá que a “Marcha Global para Gaza” passe por seu território.

O comboio humanitário Sumud chegou a Trípoli
X/The Libya Observer

Embora os números exatos não tenham sido divulgados devido a preocupações de segurança, organizadores do movimento estimam que a campanha conte com a participação de 50 mil pessoas, incluindo aproximadamente 10 mil ativistas do Comboio Sumud. A marcha internacional inclui representantes da maioria dos países europeus, norte-americanos e sul-americanos, bem como de vários estados árabes e asiáticos.

Desde outubro de 2023, o governo de Israel matou mais de 54 mil palestinos, sendo a maioria das vítimas mulheres e crianças. Após Tel Aviv violar o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns estabelecido com o Hamas, em março, o regime sionista intensificou suas operações no território palestino e fechou as passagens de fronteira de Gaza para ajuda humanitária.