Mais de 700 membros do SAG-AFTRA, sindicato de artistas de Hollywood, exigiram que a organização trabalhista aja em proteção aos atores pró-Palestina que foram penalizados na indústria de entretenimento por sua exigência de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Por meio de uma carta aberta, os assinantes pediram que Screen Actors Guild – Federação Americana de Artistas de Televisão e Rádio agisse contra o que chamaram de “repressão macartista da indústria contra membros que reconhecem o sofrimento palestino“.
Esse foi o caso da atriz mexicana Melissa Barrera, que foi demitida da franquia de filmes Pânico após criticar os bombardeios israelenses em Gaza, em suas redes sociais, acusada de suposto antissemitismo.
Já a vencedora do Oscar Susan Sarandon foi retirada de sua agência de carreira por discursar em um comício pró-Palestina.
Os membros também exigiram que o sindicato emitisse uma nota contra a ofensiva israelense no enclave palestino, que já deixou mais de 40 mil mortos desde 7 de outubro de 2023. Na época, a organização condenou os ataques do Hamas contra o território israelense. Assim, os artistas acusaram sua liderança de “permanecer em silêncio” apesar das “claras violações dos direitos humanos por Israel e décadas da ocupação de terras e vidas palestinas por Israel”.
“Nós exigimos que [a liderança do SAG-AFTRA] se manifeste contra os ataques e assassinatos de civis palestinos inocentes, profissionais de saúde e nossos colegas jornalistas, e elimine qualquer dúvida sobre nossa solidariedade com trabalhadores, artistas e pessoas oprimidas em todo o mundo”, diz a declaração, segundo o jornal Middle East Eye.
Entre os profissionais signatários estão Mark Ruffalo, Cynthia Nixon, Common, Susan Sarandon, Riz Ahmed e Rosie O’Donnell.