Ministros e parlamentares de Israel são os responsáveis pelo aumento de racismo contra palestinos nas redes sociais ao pedirem explicitamente o assassinato de civis de Gaza e o reassentamento do enclave.
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, escreveu um ataque contra a Autoridade Palestina no X (antigo Twitter), além de evidentemente pedir o fortalecimento de assentamentos ilegais.
“Sanções contra a Autoridade Palestina, fortalecimento dos assentamentos e legalização de novos assentamentos em Evyatar, Givat Assaf, Sde Efraim, Heletz e Adorayim” são defendidos pelo ministro de extrema direita como ações pela “segurança de Israel”.
שומרים על ביטחון ישראל!
סנקציות נגד הרש״פ, חיזוק ההתיישבות והסדרת ההתיישבות הצעירה – באביתר, גבעת אסף, שדה אפרים, חלץ ואדוריים. אלו צעדים ששומרים על מדינת ישראל ומעבירים מסר ברור – לעולם לא נקים מדינת טרור בארץ ישראל! הפעולות נגד מדינת ישראל ובעד הכרה חד צדדית במדינה פלסטינית זכו…— בצלאל סמוטריץ’ (@bezalelsm) June 27, 2024
“Estas são medidas que protegem o Estado de Israel e transmitem uma mensagem clara – nunca estabeleceremos um estado terrorista na Terra de Israel! As ações contra o Estado de Israel e a favor do reconhecimento unilateral de um Estado palestino receberam uma resposta sionista apropriada”, adicionou Smotrich.
Por fim, ainda escreveu que o reconhecimento de um Estado palestino “colocaria em risco a segurança de Israel”.
Um dos incitamentos racistas mais públicos contra palestinos foi feito pelo ministro extremista da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir. Ele apareceu em um vídeo postado no Instagram, no qual pediu a execução de palestinos detidos em prisões.
Ben-Gvir sugeriu a execução dos prisioneiros palestinos detidos pelos israelenses nas cadeias de ocupação ao afirmar que deveriam todos ser aniquilados com “tiros na cabeça”.
O ministro também pediu a aprovação do projeto de lei no Knesset destinado à execução dos prisioneiros, prometendo fornecer o mínimo de alimentos para mantê-los vivos até que a lei fosse promulgada.
Israeli National Security Minister, Itamar Ben Gvir;
‘Palestinian prisoners should be shot in the head. Until this law is passed, we will not give them much to live on.’ pic.twitter.com/vW9RoYx3e3
— Khalissee (@Kahlissee) June 29, 2024
“Para a minha surpresa e desgraça, recentemente tive que lidar com questionamentos sobre se os prisioneiros palestinos recebem ou não recebem cestas de frutas. E eu respondo: os prisioneiros palestinos devem ser mortos, levar tiros na cabeça. Nosso projeto de lei para aniquilar os prisioneiros deve ser aprovado na terceira leitura do Knesset (Parlamento israelense). Até lá, daremos o mínimo de recursos para que continuem sobrevivendo. Nada mais”, afirmou o ministro no vídeo.
Já o líder do partido centrista Unidade Nacional, Benny Gantz, anunciou sua rejeição à libertação de prisioneiros da Faixa de Gaza mantidos em prisões israelenses. “Libertar 120 terroristas de Gaza da prisão enquanto 120 reféns estão em Gaza é um erro operacional e um problema moral”, escreveu ele no X.
לשחרר 120 מחבלים עזתיים מהכלא בזמן ש-120 חטופים נמצאים בעזה, זו טעות מבצעית – ובעיה מוסרית.
— בני גנץ – Benny Gantz (@gantzbe) June 27, 2024
(*) Com Monitor do Oriente Médio