Pela primeira vez desde o 7 de outubro, o partido de extrema direita Likud, liderado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, conquistaria o maior número de assentos no Knesset se as eleições parlamentares fossem realizadas “hoje”, aponta uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (09/08) pelo jornal israelense Maariv em parceria com a Lazar Research.
Da mesma forma, o levantamento indica que a população local considera Netanyahu “mais apto” para liderar o cargo de premiê em Israel, com uma aprovação de 48%, enquanto o líder oposicionista do partido Unidade Nacional, Benny Gantz, com 42% do apoio popular. Por outro lado, cerca de um quinto (18%) dos entrevistados afirmaram não saber em quem votar. Os percentuais apontam que, também pela primeira vez desde 7 de outubro, Netanyahu retira o favoritismo de Gantz nesse quesito.
De acordo com os entrevistados, o Likud ganharia 22 assentos no Parlamento de Israel, um a mais do que na pesquisa anterior realizada em junho. Já o Unidade Nacional conquistaria 20 assentos, quatro a menos que em junho.
No entanto, os partidos que atualmente compõem a coalizão governista de Netanyahu obteriam 53 assentos de um total dos 120 existentes no Knesset, em comparação com os 57 do campo da oposição, enquanto 10 cadeiras seriam destinadas a siglas que representam os cidadãos palestinos de Israel.
A pesquisa deu ao Yisrael Beitenu, de Avigdor Liberman, 15 vagas; ao Yesh Atid, de Yair Lapid, 13; ao ultraortodoxo sefardita Shas, 10; e ao Otzma Yehudit, de extrema direita, 10.
Já o novo partido de esquerda Os Democratas, uma fusão do Labor e do Meretz, liderado por Yair Golan, obteria 9 assentos; o ultraortodoxo Judaísmo Unido da Torá, 7; o predominantemente árabe Hadash-Ta’al, 5; o islâmico Ra’am, também 5; e o ultradireitista Sionismo Religioso, de Bezalel Smotrich; 4 assentos.
O partido Nova Esperança, de Gideon Sa’ar, e o partido árabe progressista Balad não conseguiriam ultrapassar o limite eleitoral mínimo de 3,25%, recebendo 2,5% e 2% dos votos, respectivamente.
A pesquisa da Lazar Research foi realizada nos dias 7 e 8 de agosto e ouviu 501 pessoas com 18 anos ou mais, incluindo judeus e árabes. A margem de erro é de 4,4%.
O apoio de Netanyahu despencou após o episódio de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou sua primeira ofensiva contra o sul israelense e, assim, o premiê coordenou a intensificação das operações militares no território palestino.
Em entrevista publicada nesta quinta-feira (08/08) pela revista norte-americana Time, o premiê disse que permaneceria no cargo “enquanto eu acreditar que posso ajudar a levar Israel a um futuro de segurança duradoura e prosperidade”. Embora alvo de críticas por parte da população civil israelense, em especial familiares de reféns, e acusado de prolongar a guerra na Faixa de Gaza para se manter no poder, Netanyahu negou estar preocupado com a “preservação política”.