Bono critica Israel pelo genocídio contra palestinos
Vocalista do U2 discursou no prêmio Ivor Novello contra politicas de Netanyahu e pediu fim do massacre em Gaza
O vocalista do U2, Bono Vox, apelou publicamente pelo fim do massacre na Faixa de Gaza e criticou as condutas do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, além dos “fundamentalistas de extrema direita” de Israel “que distorcem seus textos sagrados”. A declaração ocorreu em discurso na cerimônia do prêmio Ivor Novello na quinta-feira (22/05), em Londres, durante a qual a banda recebeu o Fellowship of the Ivors Academy, maior honraria da premiação britânica dedicada à composição musical.
Ao aceitar a estatueta, o artista apresentou uma versão acústica de Sunday Bloody Sunday, uma faixa lançada em 1983 que trata do massacre de 1972, quando o exército britânico assassinou 14 manifestantes desarmados na Irlanda do Norte.
“Eu costumava apresentar a música dizendo que não era uma canção rebelde. Acreditar nas possibilidades de paz era, naquela época, e é agora, um ato rebelde; alguns diriam que isso é ridículo”, afirmou o cantor, ao pedir para que o Hamas liberte os prisioneiros israelenses, que “Israel seja libertado de Benjamin Netanyahu e dos fundamentalistas de extrema direita”.
O músico também pediu proteção para trabalhadores humanitários que estão em Gaza, que correm risco em meio a bombardeios israelenses.
“Deus, você deve estar tão cansado de nós, filhos de Abraão, nos escombros de nossas certezas. Crianças nos escombros de nossa vingança. Deus nos perdoe”, disse.

X/U2
Em 1984. Bono já havia dedicado a música Pride (In the Name of Love) às vítimas do ataque ao festival Supernova de outubro de 2023. Em janeiro, ele recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade do então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Já na semana passada, estreou um filme do show de Bono, Stories of Surrender, no festival de cinema de Cannes, evento que também contou com manifestações em solidariedade à causa palestina, como do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
