Em duas notas publicadas pelo Itamaraty nesta quarta-feira (31/07), o Brasil se posicionou a respeito de dois acontecimentos recentes, um no Líbano e no Irã, que influem no conflitivo panorama do Oriente Médio.
Um desses comunicados abordou o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e disse que “o governo brasileiro condena veementemente” o ocorrido.
“O Brasil repudia o flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas, e reafirma que atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio”, acrescenta o Itamaraty.
O comunicado afirma ainda que “tais atos dificultam ainda mais as chances de solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as conversações que vinham ocorrendo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns”.
“O Brasil reitera o apelo a todos os atores para que exerçam máxima contenção, de modo a impedir que a região entre em conflito de grandes proporções e consequências imprevisíveis, às custas de vidas civis e inocentes, bem como exorta a comunidade internacional para que envide todos os esforços possíveis com vistas a promover o diálogo e conter o agravamento das hostilidades”, conclui o ministério de Relações Exteriores do Brasil.
Ataque aéreo israelense a Beirute
O governo brasileiro também se posicionou sobre o bombardeio realizado pelas forças de Israel contra o bairro residencial de Haret Hreik, no sul de Beirute, capital do Líbano – ataque que foi justificado por Tel Aviv com a alegação de que o local, supostamente, servia de esconderijo para um membro do comitê político do Hezbollah.
“O governo brasileiro condena o ataque aéreo conduzido por Israel em área residencial de Beirute. O Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah. A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países”, afirma o comunicado.
O Itamaraty também disse que “exorta as autoridades israelenses e o Hezbollah a se absterem de ações que possam vir a expandir o conflito, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e a segurança internacional”.