Brasil ‘deplora’ decisão israelense em impedir entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza
Segundo Itamaraty, medida 'fragiliza o cessar-fogo', que vê impasse em suas negociações
O governo do Brasil disse “deplorar” a decisão de Israel em suspender a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Por meio de uma nota do Ministério das Relações Exteriores, Brasília afirmou que a medida “exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo”, que teve sua primeira fase encerrada no último sábado (01/03) e está em impasse de negociações para o avanço até a segunda etapa.
O documento brasileiro exorta Tel Aviv “à imediata reversão da medida” e relembra o país de sua obrigação, conforme a Corte Internacional de Justiça, “de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos”.

Israel anunciou a interrupção da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza no último domingo (02/03)
O Itamaraty denunciou que “a obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário”, além de instar ambas as partes em cumprir o cessar-fogo.
O Brasil ainda pediu que Israel e o grupo palestino Hamas engajem-se nas negociações para avançar à próxima fase da trégua, que deveria por fim a todas as hostilidades, retirar o Exército israelense de Gaza, libertar todos os reféns e estabelecer “mecanismos robustos” para a entrada de ajuda humanitária no enclave.
