Segunda-feira, 16 de junho de 2025
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O comboio Al-Soumoud (“da Firmeza”, pela tradução em português) partiu nesta segunda-feira (09/06) da Tunísia, integrando ativistas pró-Palestina tunisinos e argelinos, em direção ao a Rafah, no sul da Faixa de Gaza. A rota contemplará os territórios de Líbia e Egito para finalmente chegar ao destino final.

O movimento faz parte de uma marcha internacional de solidariedade aos palestinos, uma iniciativa global, lançada no dia anterior, que visa romper o cerco imposto pelo governo de Israel no enclave e exigir o fim do genocídio que já deixou mais de 54 mil mortos desde o seu início, em 7 de outubro de 2023.

 

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A marcha conta com a participação de milhares de apoiadores de 32 países. A coalizão inclui representantes da maioria dos países europeus, norte-americanos e sul-americanos, bem como de vários estados árabes e asiáticos.

De acordo com a organização da iniciativa, a expectativa é de que todos os comboios cheguem na capital egípcia de Cairo na próxima quinta-feira (12/06) antes de seguir para a cidade de Arish, no nordeste do Egito. De lá, eles continuarão a pé em direção à passagem de fronteira de Rafah com Gaza, onde deverão instalar acampamentos para protestar contra Israel e entregar ajuda humanitária aos palestinos que correm risco de fome generalizada, segundo as Nações Unidas (ONU).

O comboio Al-Soumoud partiu da Tunísia, integrando ativistas pró-Palestina tunisinos e argelinos, em direção ao a Rafah, no sul da Faixa de Gaza
X/La Via Campesina (Official EN)

Com inicialmente 200 ativistas, o comboio da Firmeza, da Argélia, foi uma das pioneiras a partir. No domingo (08/06), a caravana se direcionou à Tunísia, de acordo com um comunicado emitido em nome de Yahya Sarri, chefe da Iniciativa Argelina para Apoiar a Palestina e Ajudar Gaza.

No texto, Sarri enfatizou que o movimento “reflete a posição da Argélia em apoio à Palestina e seus apelos às plataformas globais para suspender o cerco e proteger os civis da agressão brutal”.

“Nós nos dirigimos ao nosso povo em Gaza e dizemos a eles: vocês não estão sozinhos, estamos com vocês em sua dor e sofrimento. Isso é o melhor que podemos fazer para amplificar sua voz para o mundo”, acrescentou.

Abdelhafid El Sriti, coordenador marroquino do Grupo de Trabalho Nacional para a Palestina, destacou que “a marcha partirá do Marrocos para o Egito por via aérea e depois viajará por terra do Cairo até a passagem de Rafah, em um esforço para pressionar a ocupação a abrir as passagens e acabar com o genocídio”.

“Desde 7 de outubro, os marroquinos estão nas ruas e praças públicas em apoio à resistência e ao povo palestino – e continuaremos a fazê-lo”, ressaltou, acrescentando que o povo palestino está sendo morto por bombardeios e armas de fabricação norte-americana.