Caracas, na Venezuela, sediou um encontro histórico de solidariedade com a causa palestina no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, na sexta-feira, 29 de novembro. O presidente venezuelano Nicolás Maduro presidiu a Conferência Internacional de Solidariedade com a Palestina, um evento que reuniu representantes de 53 países, 119 organizações e mais de 250 participantes, todos comprometidos com a defesa dos direitos do povo palestino. O slogan da conferência foi “Da Venezuela à Palestina: Viveremos e seremos vitoriosos!”
Durante a conferência, realizada em Caracas até 30 de novembro, a Venezuela se consolidou como um epicentro de solidariedade global, promovendo a luta por justiça e independência para a Palestina.
Palavras de resistência e unidade
O evento foi inaugurado pelo Ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, que destacou a importância da resistência palestina na luta contra o imperialismo. “Os mártires palestinos são nossos mártires, e sua luta é nossa luta”, afirmou.
Por sua vez, o embaixador palestino na Venezuela, Fadi Alzaben, agradeceu ao governo e ao povo venezuelano por sua solidariedade e lembrou os mais de 70 anos de luta do povo palestino contra a ocupação sionista e o colonialismo, conclamando a comunidade internacional a agir com firmeza para deter o genocídio em Gaza.
A líder palestina histórica Leila Khaled fez um discurso apaixonado no qual destacou o vínculo entre a luta palestina e a Revolução Bolivariana. “Estamos orgulhosos do presidente Maduro e da Venezuela, um povo que entende o significado de liberdade e dignidade. Esta é uma batalha de libertação, e nós venceremos”, disse Khaled.
Ela afirmou: “Quando chegamos à Venezuela, estamos em nossa segunda pátria, onde está nossa dignidade, com um povo que escolheu um presidente com muita dignidade, Nicolas Maduro. Quando chegamos aqui, falamos de coração para coração porque sabemos o significado da liberdade que vocês desfrutam hoje e aspiramos a viver a mesma liberdade que vocês têm.”
Da defesa à ação
Durante toda a conferência, intelectuais, ativistas e defensores do direito palestino à existência enfatizaram a necessidade de uma ação coordenada para enfrentar a ocupação israelense e os crimes de guerra. Foi destacada a urgência de fortalecer o ativismo de base, as campanhas de mídia e os esforços diplomáticos para ampliar a voz do povo palestino.
O presidente Nicolás Maduro também fez um esforço para a construção de uma rede internacional de propaganda que fale sobre a verdade da Palestina para equilibrar a luta na mídia e nas redes sociais, denunciando as campanhas de desinformação conduzidas pelas elites imperialistas. “Vamos destruir o fascismo com a verdade!”, afirmou.
Maduro enfatizou a importância das redes sociais como ferramentas fundamentais na batalha de comunicação, apontando o planejamento de guerras cognitivas pelos Estados Unidos e Israel para controlar as mentes humanas e silenciar a causa palestina.
Uma mensagem de resistência e esperança
Ao final da conferência, os participantes visitaram o 4F-Cuartel de la Montaña, local de repouso dos restos mortais do falecido líder venezuelano Hugo Chávez, bem como várias comunas da capital. As atividades foram encerradas com um forte apelo à solidariedade e à ação. Os participantes se comprometeram a fortalecer os movimentos globais pela justiça e a manter viva a memória dos mártires que lutaram pela liberdade, como o comandante Hugo Chávez, Simón Bolívar e Che Guevara.
(*) Texto originalmente publicado em Peoples Dispatch e traduzido pela Redação Opera Mundi