O Conselho Municipal de Portland, no estado norte-americano do Maine, votou unanimemente para desinvestir de empresas que fazem negócios com Israel, em meio ao contexto da ofensiva militar que já matou cerca de 41 mil palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, e deixou uma grave crise humanitária no enclave.
A lista de desinvestimentos inclui 85 empresas, entre elas grandes corporações como Chevron, Volvo e Boeing. A medida segue uma resolução anterior aprovada em janeiro, que pedia ao governo dos Estados Unidos uma exigência por cessar-fogo imediato, rejeitado por Israel.
É a primeira vez que um conselho municipal dos EUA endossa totalmente uma medida de apoio ao movimento Boicote, Desinvestimento e Sanção (BDS) contra Israel, cujo objetivo é exercer pressão econômica sobre Tel Aviv para alcançar o fim do genocídio.
Resolução reconheceu atual crise humanitária em Gaza e procurou evitar apoiar economicamente Israel por meio dos investimentos financeiros da cidade
A votação da resolução, proposta pela conselheira April Fournier, atraiu uma multidão à Prefeitura de Portland, que lotou as câmaras do conselho em uma reunião com mais de três horas de comentários públicos.
Os moradores que falaram em apoio à resolução argumentaram que não se tratava de tomar partido, mas sim de se desfazer da guerra e do genocídio. Enfatizaram que era “o mínimo” que podiam fazer em resposta à crise humanitária em Gaza.
Alguns apoiadores da resolução inclusive pediram ao conselho para garantir que suas contribuições fiscais não financiassem o que descreveram como “o extermínio de palestinos”.
(*) Com Monitor do Oriente Médio
