Segunda-feira, 19 de maio de 2025
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Os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) assinaram uma carta dirigida ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, solicitando uma votação para reconhecer o Estado Palestino como membro de pleno direito no órgão

O documento, anunciado pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na última terça-feira (19/03), apela ao reconhecimento “sem reservas da existência do Estado Palestino com todos os direitos e obrigações de qualquer outra nação do mundo”. 

“Se alguma vez, após o Holocausto da Segunda Guerra Mundial, foi necessário que a ONU agisse como garantia da existência da humanidade, este é o momento. A civilização como a conhecemos está deixando de existir e está se curvando à barbárie e ao genocídio”, diz a carta.

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Para a intervenção da Celac, “as nações representadas pela ONU não podem falhar com os povos do mundo e devem submeter à condenação da Assembleia aqueles que parecem comprometidos em nos arrastar para um cataclismo global”. 

Wikicommons
Celac denunciou que há barbárie e genocídio na Faixa de Gaza

23 países apoiaram o envio do documento, com a assinatura final da presidente de Honduras e atual líder do órgão de integração latino-americana, Xiomara Castro.

https://twitter.com/XiomaraCastroZ/status/1770279182599090261

A carta denuncia que a ONU tem um “claro favoritismo” em relação a Israel e destaca os três vetos dos Estados Unidos às iniciativas de cessar-fogo imediato sugeridas no Conselho de Segurança da ONU.

Menciona também o elevado número de vítimas diárias, principalmente mulheres, crianças e idosos. O conflito já vitimou mais de 31 mil pessoas, além de gerar uma grave crise humanitária na Faixa de Gaza. 

Além disso, insta urgentemente à abertura de corredores humanitários seguros para permitir o transporte de alimentos, água, medicamentos e serviços de saúde para as vítimas do conflito na Faixa de Gaza. 

Anteriormente, durante a Cúpula de Chefes de Estado da Celac, realizada no início de março em São Vicente e Granadinas, o órgão já havia emitido uma declaração condenando a ofensiva israelense na Palestina. 

(*) Com TeleSUR