Terça-feira, 22 de abril de 2025
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O governo do Egito apresentou nesta segunda-feira (24/03) uma nova proposta buscando restabelecer o cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

A oferta egípcia consiste na interrupção da ofensiva militar israelense por uma semana, com o Hamas se comprometendo a libertar cinco reféns israelenses com vida, enquanto Tel Aviv entregaria centenas de prisioneiros palestinos que estão em suas prisões.

A proposta define que as libertações deveriam ocorrer até o próximo sábado e que, durante o período de trégua, seria negociada uma ampliação do acordo.

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O exército de Israel violou na última terça-feira (18/03) o acordo de cessar-fogo que esteve vigente por quase dois meses, desde 19 de janeiro, ao reiniciar a ofensiva contra a Faixa de Gaza, com bombardeiros que voltaram a ser diários em diversos locais do território.

Neste domingo (23), o massacre superou a marca de 50 mil mortes provocadas diretamente pelas ações do exército israelense, contabilizadas desde o início da ofensiva, em outubro de 2023.

Prensa Latina
Chanceler egípcio Badr Abdelatty pediu à ONU que organize conferência internacional para tratar da crise humanitária em Gaza

Horas depois de apresentar a iniciativa, o governo do Egito revelou que entrou em contato com um representante do movimento de resistência palestina Hamas, o qual teria confirmado sua resposta positiva à iniciativa, segundo o Cairo.

O governo de Israel não se pronunciou sobre a proposta egípcia até a tarde desta segunda-feira.

Tragédia humanitária

O ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty, disse em uma coletiva de imprensa que seu governo está conversando com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a necessidade de realizar, de forma urgente, uma conferência global sobre a situação de tragédia humanitária vivida pelos palestinos residentes na Faixa de Gaza.

Abdelatty também defendeu a criação de um fundo global de apoio aos palestinos, sob a supervisão da ONU, para arrecadar recursos não apenas para a reconstrução do enclave como também para ampliar o envio de alimentos, água e insumos básicos para a população local.

O diplomata egípcio concluiu a coletiva falando sobre a necessidade de fortalecer a cooperação em questões de segurança regional, incluindo a segurança marítima e do Mar Vermelho, e de ações em conjunto entre países da região para resolver questões pendentes no chamado Chifre da África.

 

Com informações de Xinhua e TeleSur.