Estudantes da Universidade da Columbia mobilizaram protestos pró-Palestina no campus da casa, localizada na cidade norte-americana de Nova York, nesta segunda-feira (07/10), data que marca o aniversário de um ano da guerra promovida por Israel na Faixa de Gaza.
O instituto acadêmico foi o epicentro das mobilizações em abril, ao incentivar uma série de protestos em outras universidades, como em Maryland, Colorado, Califórnia, entre outras. Naquele mês, uma coalizão de grupos estudantis promoveu manifestações em repúdio aos ataques de Israel contra os palestinos, pressionando também o governo do presidente norte-americano Joe Biden para suspender o fornecimento de auxílio bélico.
De acordo com a emissora catari Al Jazeera, do lado de fora do campus, manifestantes pró-Israel também se reuniram segurando cartazes com fotos e nomes dos reféns israelenses não libertados em Gaza em função da negligência do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que não consolidou um acordo para a libertação de cidadãos no enclave e cessar-fogo.
Durante o fim de semana, funcionários da universidade relataram ter aumentado a segurança em determinadas áreas do campus por conta dos protestos. Em comunicado à comunidade escolar, a presidente interina Katrina Armstrong confirmou que as medidas de segurança seriam estendidas até quarta-feira (09/10).
O massacre promovido por Israel no enclave custou a vida de cerca de 42 mil palestinos, e desencadeou a maior onda de ativismo estudantil no país desde os protestos antirracismo de 2020.
Minouche Shafik, a então reitora da Universidade de Columbia, renunciou em agosto após meses de intensa pressão por sua conduta nas manifestações pró-Palestina. A crise interna foi agravada quando a então presidente do instituto acadêmico permitiu a entrada da polícia nova-iorquina no campus para reprimir os protestos.
Em apenas uma semana, mais de 100 estudantes chegaram a ser detidos durante as manifestações. A situação gerou revolta por parte dos alunos, acadêmicos e de organizações de direitos humanos, que pressionaram pela expulsão de Shafik.