A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, liderada pelos republicanos, aprovou na quarta-feira (12/06) uma emenda à Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, por sua sigla em inglês) do ano fiscal de 2025 que proíbe o uso de fundos norte-americanos na reconstrução da Faixa de Gaza.
Congressistas de extrema direita propuseram uma série de emendas à legislação que aloca cerca de US$ 895,2 bilhões (equivalente a cerca de R$ 4,84 trilhões na cotação atual) e cobre o período entre outubro de 2024 e setembro de 2025 em programas discricionários de defesa nacional.
Entre as propostas aprovadas, a apresentada pelos republicanos Brian Mast, Claudia Tenney e Eli Crane, impede o direcionamento de recursos para a reconstrução do patrimônio social palestino, destruído ao longo das operações militares lideradas por Israel no enclave desde 7 de outubro de 2023. O documento também fala em barrar a recepção de refugiados palestinos para os Estados Unidos.
Defesa ‘antitúnel’ de Israel
De acordo com o site Middle East Eye, o Congresso também avalia aprofundar a cooperação entre os militares norte-americanos e israelenses nos combates em túneis subterrâneos, como resultado da primeira ofensiva lançada pelo Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023.
A legislação foi proposta pelos republicanos Joe Wilson, Don Bacon e Doug Lamborn, ao lado dos democratas Ruben Gallego, Brad Schneider e Seth Moulton.
Além de reforçar a cooperação, os legisladores apoiam o repasse de US$ 30 milhões adicionais a Tel Aviv para investir em mecanismos de detecção e mapeamento em túneis. No ano passado, o Pentágono forneceu US$ 47,5 milhões para os esforços.
“Israel é um líder internacional no desenvolvimento de tecnologias de defesa inovadoras, incluindo esforços pioneiros para mapear, detectar, destruir e manobrar através de túneis terroristas”, afirma a legislação, acrescentando que a cooperação “não só beneficiará Israel, mas também ajudará os Estados Unidos e aliados em todo o mundo que enfrentam desafios semelhantes de túneis subterrâneos”.
A expectativa é de que a Câmara dos Deputados analise esta e outras centenas de emendas pelos próximos dias, assim como o Senado. Uma versão final da NDAA será consequentemente aprovada por ambos os órgãos e então sancionada pelo presidente Joe Biden.
(*) Com Sputnik News