O governo dos Estados Unidos falou nesta quarta-feira (07/08) sobre as negociações entre Israel e o grupo palestino Hamas para alcançar um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A declaração veio do porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, em uma coletiva de imprensa. Segundo ele, “estamos mais perto do que nunca de um acordo para um cessar-fogo” em Gaza e a libertação dos reféns israelenses sob controle do Hamas desde 7 de outubro.
De acordo com o representante norte-americano, existe uma “boa proposta para ambas as partes” e os dois lados “devem aceitá-la” para que possa ser implementada.
Kirby destacou que o governo dos EUA “permanece comprometido com uma diplomacia intensa” para evitar uma nova escalada de violência no Oriente Médio.
No entanto, garantiu que “se houver uma escalada, os Estados Unidos estão prontos para defender Israel e o território norte-americano, conforme apropriado”.
O porta-voz faz referência ao crescimento das tensões na região após o recente assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, por um ataque atribuído a Israel.
Haniyeh foi morto por um míssil lançado contra uma residência em Teerã, onde o dirigente estava para acompanhar a posse do novo presidente iraniano Masoud Pezeshkian. Desde então, Irã prometeu retaliação sobre o assassinato.
O medo de uma resposta iraniana contra Israel ainda é grande, mas funcionários da Casa Branca acreditam que os esforços do presidente dos EUA, Joe Biden, para controlar o Irã após o assassinato de Haniyeh, em Teerã, estão dando frutos e a Teerã pode reconsiderar o seu “pesado” plano de resposta, informou o jornal Washington Post.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “caminhando para a vitória” e os cidadãos israelenses “estão em alerta”.
“Estamos preparados tanto para a defesa quanto para o ataque, estamos atacando nossos inimigos e também estamos determinados a defender nós mesmos”, declarou ele, que visitou a base de recrutamento do exército de Tel Hashomer.
Já o comandante do Exército iraniano, Abdolrahim Mousavi, reforçou que “a gangue criminosa sionista não respeita quaisquer regras ou leis e certamente receberá uma resposta dura do Irã por matar o líder do Hamas, Ismail Haniyeh”.
(*) Com Ansa