O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou nesta segunda-feira (01/07) que seu exército precisa de mais 10 mil soldados “imediatamente” em meio à guerra na Faixa de Gaza. A declaração foi dada durante uma sessão do Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset, e transmitida pela Rádio do Exército, operada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
Na semana passada, a Suprema Corte decidiu por unanimidade que os judeus ultraortodoxos devem estar sujeitos ao alistamento militar, após décadas isentos do serviço. Nesse sentido, Gallant declarou que o exército pode recrutar 4.800 soldados da comunidade ultraortodoxa.
Ignorando a pressão internacional e a resolução sobre cessar-fogo aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o governo de Israel continua sua ofensiva contra os palestinos em Gaza sob a justificativa de querer “eliminar o Hamas”.
Nesta terça-feira (02/07), Tel Aviv anunciou sua “terceira fase de guerra” ao voltar a bombardear a cidade de Khan Younis, no sul do enclave, ordenando a retirada de cerca de 250 mil palestinos que se encontravam abrigados na região. A invasão provocou também deixou pelo menos oito mortos e mais de 30 feridos, segundo as informações do Crescente Vermelho.
De acordo com Sigrid Kaag, coordenadora humanitária da organização para Gaza, o número de pessoas deslocadas em Gaza atingiu agora 1,9 milhões.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que as IDF estão “fazendo progressos para encerrar a fase de destruição do exército terrorista do Hamas”, mas que “haverá uma continuação para atacar seus remanescentes”.
Vale lembrar que Israel também é acusado de genocídio pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), sediada em Haia, cuja última decisão ordenou que Tel Aviv interrompesse imediatamente sua operação militar na cidade de Rafah, no sul do enclave, onde mais de um milhão de palestinos buscaram refúgio.