Após dois dias fechada, a fronteira que liga a Faixa de Gaza ao Egito foi reaberta nesta segunda-feira (06/11), confirmou o Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia. A passagem de Rafah estava fechada desde que Israel atacou ambulâncias usadas para transportar feridos, na última sexta-feira (03/11), fato que resultou na morte de pelo menos 15 pessoas e deixou dezenas de feridos.
De acordo com a embaixada do Brasil na Palestina, quem está atravessando a fronteira são os portadores de passaportes estrangeiros e os feridos autorizados a sair de Gaza das listas anteriores, uma vez que, pelo segundo dia consecutivo, não foram anunciadas novas listas de liberação.
Na última lista divulgada no sábado (04/11) constava o nome de 599 portadores de passaporte estrangeiro: 386 dos Estados Unidos, 112 do Reino Unido, 51 da França e 50 da Alemanha.
Este foi o quarto grupo que as autoridades egípcias e israelenses, com a anuência do governo norte-americano, autorizaram a ingressar no Egito.
Twitter/State of Palestine
Fronteira de Egito reabre para saída de estrangeiros e feridos da Faixa de Gaza, território alvo de bombardeios israelenses
As evacuações que começaram na quarta-feira (01/11) por um acordo mediado internacionalmente permitiram a saída do enclave de titulares de passaportes estrangeiros e de alguns feridos de Gaza, já que o território é alvo de constantes bombardeios de Israel.
Por telefone, na sexta-feira (03/11), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, havia conversado com o ministro do Exterior de Israel, Eli Cohen, que garantiu a passagem dos brasileiros da Faixa de Gaza pela fronteira do Egito até esta quarta-feira (08/11).
“Tive uma conversa telefônica, a quarta, com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, e ele me garantiu que até quarta-feira todos os brasileiros que estão em Gaza poderão sair pela passagem de Rafah“, declarou o chanceler à imprensa.
O grupo de 34 brasileiros segue aguardando a autorização para deixar a zona de conflito. A comunidade, que está dividida entre as cidades de Rafah e Kahn Yunis, no sul do enclave palestino, relata escassez de comida, água potável e energia no território.