França: após polícia desmontar acampamento, estudantes protestam no Panteão em solidariedade aos palestinos
Oficiais reprimiram mobilização na Science Po Paris após diretor da instituição declarar que ‘palestinos vão morrer de qualquer jeito’
Os estudantes mobilizados pela paz em Gaza na Universidade de Ciências Políticas de Paris, Sciences Po Paris, foram reprimidos e despejados do acampamento de resistência pela polícia francesa nesta sexta-feira (03/05).
Assim, convocaram um ato pela Palestina em frente ao Panteão de Paris, localizado ao lado da Sorbonne, a universidade mais famosa da capital francesa – que também está mobilizada, pedindo pelo “fim à repressão e à criminalização”.
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Registros nas redes sociais do Comitê Palestino da Sciences Po Paris mostram os alunos no salão da universidade francesa com cartazes e bandeiras palestinas enquanto oficiais franceses estão a postos nos portões do prédio universitário. O vídeo acompanha a legenda “nós não vamos ser silenciados”.

Mavi Doñate/Twitter
Ato em frente ao Panteão de Paris, pedindo pelo “fim à repressão e à criminalização”
Após o registro, uma das alunas mobilizadas gravou, ao vivo, o momento em que os seguranças da faculdade abriram as portas para a entrada dos policiais franceses.
A partir da entrada dos policiais, os alunos relataram repressão à sua mobilização, com estudantes sendo arrastados para fora do prédio.
“Professor preocupados com a nossa segurança foram retirados pela polícia e orientados a não conversar conosco pelas janelas, segundo instruções do diretor, Jean Bassères”, afirmaram os alunos, contando ainda que Bassères ordenou que as salas ocupadas pela mobilização fossem bloqueadas pelos seguranças, isolando os alunos.
Segundo o coletivo, Bassères desmotivou o acampamento: “Não importa se vocês vão se mobilizar ou não. Os palestinos em Gaza vão morrer de qualquer jeito”.
Desde 26 de abril, impulsionados pelos protestos nas universidades dos Estados Unidos, os estudantes franceses exigem uma investigação sobre os supostos laços da Science Po Paris com universidades israelenses, bem como o rompimento de laços com qualquer projeto que beneficie Tel Aviv ou empresas que financiem o conflito.
(*) Com TeleSUR