Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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Dois funcionários da embaixada israelense foram mortos a tiros na noite da última quarta-feira (21/05) do lado de fora de um museu judaico no centro de Washington, capital dos Estados Unidos.

Informações preliminares divulgadas pelas autoridades locais apontam que o homem e a mulher mortos eram um casal e perderam a vida ao sair de um evento chamado Recepção de Jovens Diplomatas. Segundo a Folha de S. Paulo, o encontro reunia judeus com a comunidade diplomática da capital norte-americana. As duas vítimas foram identificadas como Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim.

De acordo com relatos, um homem foi visto caminhando perto do Museu Judaico em Washington antes de abrir fogo. O suspeito foi detido e identificado pela polícia como Elias Rodriguez, de 30 anos, natural de Chicago. Ele não estava em nenhuma lista de monitoramento das autoridades e teria gritado “Palestina Livre” durante sua prisão. A arma do crime foi recuperada.

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A confirmação foi feita pela secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem. “Dois funcionários da embaixada israelense foram assassinados sem sentido perto do Museu Judaico em Washington, D.C.”, escreveu no X.

Após o episódio, o governo norte-americano iniciou uma investigação para “obter mais informações para compartilhar”. “Rezamos pelas famílias das vítimas. Levaremos o autor do crime à justiça”, acrescentou Noem.

Os principais jornais internacionais estamparam a morte dos funcionários da embaixada israelense em suas manchetes, interrompendo a tendência vista em alguns veículos, nos últimos dias, de destacar a crise em Gaza.

Em particular, frente aos “tiros de advertência” dos soldados israelenses contra uma delegação de diplomatas estrangeiros, organizada pela Autoridade Palestina em Jenin, na Cisjordânia, nesta quarta-feira. E à reação internacional, após a ONU informar que 14 mil bebês morreriam em 48 horas se não entrasse ajuda humanitária no território.

casal judeu
Sarah Milgrim e Yaron Lischinsky iam ficar noivos em Jerusalém
Reprodução / Embaixada de Israel nos Estados Unidos

Ajuda humanitária

Após a pressão internacional, Israel flexibilizou o brutal bloqueio que mantém, desde 2 de março, contra a população palestina. Nesta quarta-feira, as Nações Unidas confirmaram a chegada de ajuda humanitária e de suprimentos, como farinha, água e materiais médicos, na Faixa de Gaza.

Israel havia anunciado que permitiria a entrada de 100 caminhões a partir desta quarta-feira, após a liberação de 93 veículos na terça e dez na segunda. No entanto, as cargas permaneceram bloqueadas e só foram liberadas na noite de ontem, após ficarem presas em Kerem Shalom, um terminal de caminhões israelenses e veículos palestinos.

Segundo a assessoria de imprensa local, 87 caminhões entraram no território. Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, avalia, porém, que a ajuda que “finalmente” começou a chegar “não é nem de longe suficiente para atender às necessidades” da população, que enfrenta fome extrema e destruição generalizada.

Antes da guerra, aproximadamente 500 caminhões com ajuda entravam diariamente em Gaza.

Mais de 53 mil palestinos foram mortos pelas ações militares de Israel contra o enclave.

(*) Com Ansa.