As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) admitiram neste domingo (15/09) ser “muito provável” que a morte de três reféns na Faixa de Gaza, em 10 de novembro de 2023, tenha decorrido de um ataque aéreo israelense. O anúncio foi dado após as autoridades competentes de Tel Aviv terem finalizado a investigação sobre o caso.
“A investigação sugere uma alta probabilidade de que os três foram mortos como resultado de um efeito colateral de um ataque aéreo das IDF, durante a eliminação do comandante da Brigada Norte do Hamas, Ahmed Ghandour, em 10 de novembro de 2023. Esta é uma avaliação com alta probabilidade com base em todas as informações disponíveis, mas não é possível determinar de forma definitiva as circunstâncias de suas mortes’, disse o comunicado.
As conclusões sobre Elia Toledano, Ron Sherman e Nik Beizer se basearam em dados disponíveis como a localização onde os corpos foram encontrados, conclusões dos peritos forenses, pesquisas sobre a eficácia da munição utilizada, entre outros fatores, conforme relato dos oficiais militares.
“No momento do ataque, as IDF não tinham informações sobre a presença de reféns no local alvo. Além disso, havia informações sugerindo que eles estavam localizados em outro lugar, assim, a área não foi designada como suspeita de presença de reféns”, acrescentou a nota.

Investigações em Israel sugerem “alta probabilidade” de que reféns Elia Toledano, Ron Sherman e Nik Beizer tenham sido mortos por uma ofensiva coordenada pelo próprio exército israelense
De acordo com as autoridades de Israel, atualmente há 101 reféns no enclave, incluindo os considerados mortos. Por meio de operações e esforços humanitários, mais de 150 pessoas já foram libertadas no momento.
Segundo o Ministério da Saúde palestino, desde 7 de outubro de 2023, o número de mortes na Faixa de Gaza ultrapassa os 41.206, enquanto pelo menos 95.337 estão feridos em decorrência dos contínuos ataques israelenses na região.
(*) Com Sputnik