Segunda-feira, 21 de abril de 2025
APOIE
Menu

Pelo segundo dia consecutivo, dezenas de palestinos foram às ruas da Faixa de Gaza nesta quarta-feira (26/03) exigindo o fim da agressão genocida israelense e o levantamento do bloqueio à entrada de ajuda humanitária.

As marchas se estenderam de cidades e acampamentos no norte da Faixa de Gaza até a cidade de Deir al-Balah, no centro do enclave.

Os civis ergueram faixas com os dizeres: “nós nos recusamos a morrer”, “o sangue dos nossos filhos não é barato”, “chega de guerras” e “parem a guerra”.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Segundo a agência de notícias palestina Wafa, alguns manifestantes exigiam que o Hamas deixasse o poder em Gaza.

“Os participantes entoaram slogans exigindo que o Hamas “mantenha sua mão longe do destino da Faixa”, enfatizando que o povo palestino não aceitará que seu futuro dependa de uma agenda regional-faccional que não reflita sua identidade nacional e seus interesses supremos”, escreveu a agência.

Iria/Fotos Públicas
Marchas acontecem em meio à deterioração das condições de vida na Faixa de Gaza, após Israel retomar sua agressão em 18 de março

Em resposta, o Hamas condenou, através das declarações de alguns membros responsáveis, as manifestações. Um dos principais membros do grupo, Sami Abu Zuhri, chamou os militantes de “megafones de Israel” e deu a entender que todos estavam traindo o povo palestino.

Já o alto funcionário Osama Hamdan acusou Israel de “iniciar os protestos”. Durante as manifestações, inclusive, os manifestantes insultaram Hamdan, criticando-o por apelar à “firmeza palestina” enquanto está no exterior.

As marchas acontecem em meio à deterioração das condições de vida na Faixa de Gaza, especialmente depois que Israel encerrou unilateralmente o acordo de cessar-fogo de Gaza e retomou sua agressão em 18 de março.

As novas mobilizações são registradas no dia em que o Ministério da Saúde do enclave palestino revelou que pelo menos 830 pessoas foram mortas no território desde que Israel retomou os ataques em grande escala. Até o momento, o número total de mortos na guerra, deflagrada em 7 de outubro de 2023, é de 50.183.

(*) Com Ansa e Wafa