Genocídio em Gaza: ataques de Israel já mataram mais de 54 mil
Anúncio marca 600º dia de massacre no enclave desde 7 de outubro de 2023; Hamas convoca 'ações globais' para condenar Tel Aviv
O número de palestinos mortos em decorrência do massacre promovido por Israel na Faixa de Gaza, iniciado em 7 de outubro de 2023, ultrapassou a marca de 54 mil nesta terça-feira (27/05), data que também marca o 600ª dia do genocídio em curso no enclave.
Em comunicado, o Ministério da Saúde local divulgou que 79 corpos foram transferidos para hospitais nas últimas 24 horas, enquanto 163 ficaram feridos em ataques israelenses. No total registrado, pelo menos 54.056 pessoas foram assassinadas pelo exército de Tel Aviv, enquanto 123.129 ficaram feridas, desde o início das operações de ocupação.
“Muitas vítimas ainda estão presas sob os escombros e nas estradas, pois as equipes de resgate não conseguem alcançá-las”, acrescentou a pasta.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) retomaram seus ataques a Gaza em 18 de março, após violarem o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns estabelecido com o Hamas, que entrou em vigor em janeiro. Desde então, as tropas intensificaram suas ofensivas e mataram ao menos 3.901 pessoas, além de ferir mais de 11 mil.

X/UNRWA
Hamas convoca atos contra Israel
Nesta terça-feira, o Hamas pediu a organizações e instituições em todo o mundo que “intensifiquem todas as formas de ações globais” para condenar Israel, no âmbito do 600ª dia do genocídio conduzido por Tel Aviv no enclave.
Em comunicado, o grupo palestino acusou o regime de Benjamin Netanyahu de estar realizando um “Holocausto sionista” contra os palestinos em Gaza, e convocou protestos na esfera global entre sexta-feira (30/05) e domingo (01/06).
“A ocupação sionista continua sua guerra brutal de genocídio e fome contra civis, crianças e mulheres indefesos”, afirma a nota, pedindo “indignação global” por meio de marchas, manifestações e mobilização pública em cidades de todo o mundo.
No dia anterior, o Hamas concordou com uma proposta apresentada pelos Estados Unidos para um cessar-fogo de 70 dias em Gaza, que prevê também a libertação de 10 prisioneiros israelenses em troca de uma suspensão temporária dos ataques sionistas e a libertação de reféns palestinos. Entretanto, Israel rejeitou o plano, segundo o jornal The Times of Israel, citando uma autoridade próxima às negociações.
