Quarta-feira, 11 de junho de 2025
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A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, repudiou o genocídio em Gaza e apontou a manipulação da Confederação Israelita do Brasil (CONIB). A entidade acusou falsamente o presidente Lula de ‘antissemitismo’ por sua postura humanitária contra o  massacra da população palestina.

Em suas redes sociais, Hoffman rechaçou o genocídio perpetrado pelo governo de Benjamin Netanyahu, que qualificou de extrema direita, e acusou a manipulação da CONIB.

“O presidente Lula e a diplomacia brasileira sempre souberam distinguir a comunidade judaica do governo de extrema-direita de Israel. Os ataques do Exército de Israel à população civil de Gaza, que atingem principalmente mulheres e crianças, constituem um cruel massacre e uma política deliberada de extermínio do povo palestino. Foi ao governo de Netanyahu que Lula se referiu numa entrevista recente e em diversos outros momentos”, afirmou.

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“Ao apresentar estas declarações como um ato antissemita ou um ataque ao povo judeu, a direção da Confederação Israelita do Brasil (CONIB) faz manipulação das palavras e da ação diplomática do presidente Lula”, complementou.

Gleisi Hoffmman acusa manipulação da CONIB das palavras e da diplomacia de Lula
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Manipulação

A CONIB acusou o presidente brasileiro após suas declarações durante as festividades do Dia da Vitoria, em Moscou, na última semana. Lula afirmou que está ocorrendo um “genocídio” na Faixa de Gaza, cometido por “um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças a pretexto de matar terroristas. Já houve caso de explodirem um hospital e não ter um terrorista, só mulher e criança”.

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) divulgou, também nesta segunda-feira (12/05), uma nota  rebatendo as acusações da entidade. O texto afirma que ao atacar Lula, a CONIB escancara o real objetivo do Projeto de Lei 472/2025, que visa criminalizar manifestações consideradas antissemitas.

“O presidente brasileiro repetiu o falecido Papa Francisco, a ONU, a Anistia Internacional, a Corte Internacional de Justiça, a Liga Árabe, a União Africana, os BRICS, incontáveis líderes mundiais”, destaca a nota.

“Em sua declaração, Lula em nenhum momento citou o judaísmo ou os judeus. Ele acusou um regime racista e genocida, que usa o judaísmo como escudo para sua impunidade, inclusive manipulando os crimes antijudeus na Europa para o mesmo propósito”, complementa.

Com Brasil 247