Segunda-feira, 21 de abril de 2025
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Os governos do Brasil e da Palestina realizaram, na última segunda-feira (17/03), uma reunião para estreitamento das relações bilaterais. No encontro, Brasília defendeu “os direitos legítimos do povo Palestino, incluindo o direito à autodeterminação, com base na solução de dois estados”.

A conversa entre a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, Maria Laura da Rocha, e a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros e Expatriados do Estado da Palestina, Varsen Aghabekian Shahin, abordou a situação na Faixa de Gaza, alvo de ofensivas militares de Israel desde outubro de 2023.

Em Brasília, as representantes “expressaram preocupação com a fragilidade do cessar-fogo na Faixa de Gaza e condenaram violações israelenses a esse acordo, em particular a suspensão da entrada de ajuda humanitária e energia elétrica”.

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Israel também desrespeitou a trégua nesta terça-feira (18/03) ao bombardear o enclave palestino e deixar mais de 400 mortos, colocando em risco as negociações para a continuidade da trégua.

RS/Fotos Públicas
Brasil apoiou Plano de Recuperação, Reconstrução e Desenvolvimento de Gaza, adotado pela Liga dos Estados Árabes

Shahin e Da Rocha também “concordaram sobre a urgência de alcançar o acordo para a cessação permanente das hostilidades, incluindo a retirada completa das forças israelenses do território, a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos e a definição de um mecanismo robusto que garanta o acesso desimpedido de ajuda humanitária”.

As diplomatas ainda manifestaram apoio ao Plano de Recuperação, Reconstrução e Desenvolvimento de Gaza, adotado pela Liga dos Estados Árabes, para o futuro do enclave.

A violência israelense na Cisjordânia não ficou fora do debate. Denunciaram que a “expansão de assentamentos israelenses ilegais, ataques de colonos contra civis palestinos, ameaças de anexação e intensificação de operações militares israelenses em cidades e campos de refugiados palestinos” levou ao “deslocamento forçado de dezenas de milhares de palestinos”.

Sobre a proibição da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) pelo governo israelense, ressaltaram que o organismo “insubstituível”.

Por fim, ainda concordaram em realizar colaboração acadêmica entre instituições brasileiras e palestinas, além de trocas culturais e colaboração do setor privado de ambos os lados.