Quinta-feira, 12 de junho de 2025
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Ao menos 22 palestinos, incluindo mulheres e crianças, foram mortos na madrugada entre sexta-feira (11/10) e sábado (12/10) em um ataque israelense que atingiu um bloco de apartamentos no campo de refugiados de Jabalia, na região norte da Faixa de Gaza.

De acordo com a emissora catari Al Jazeera, “explosões poderosas foram ouvidas na parte norte de Gaza”, enquanto muitas das vítimas estavam “chegando ao hospital em pedaços ou encharcadas de sangue”.

Segundo o diretor dos serviços de emergência locais, Fares Afana, além das 22 mortes confirmadas, o bombardeio deixou muitos feridos e “um certo número de desaparecidos sob os escombros”. A agência de notícias Wafa indica que pelo menos 30 pessoas ficaram feridas, enquanto 14 desaparecidas.

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O Hamas imediatamente condenou as forças israelenses, que têm justificado os ataques direcionados ao campo de refugiados para impedir um suposto reagrupamento do grupo no local. 

“Os massacres, sob respaldo norte-americano, configuram uma continuidade do genocídio criminoso contra nosso povo”, criticou o Hamas em comunicado, acrescentando que a tentativa do regime sionista é “punir a população por sua resiliência e rejeição ao deslocamento”. 

Há uma semana, Israel também lançou uma ofensiva mortal na área de Jabalia, onde dezenas de corpos foram deixados nas vielas da cidade, inalcançáveis pelas equipes médicas, em um cenário que foi denunciado pela Al Jazeera sobre as forças israelenses estarem “trabalhando sistematicamente para esvaziar o norte de Gaza”.

Reprodução/Prensa Mercosur
Ao menos 22 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas na madrugada entre sexta-feira (11/10) e sábado (12/10) em um ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza
Escassez de comida

O Programa Mundial de Alimentos (PMA), agência das Nações Unidas (ONU), denunciou neste sábado que o norte da Faixa de Gaza não recebe alimentos desde o dia 1º de outubro devido à intensificação das operações israelenses.

“A escalada da violência em Gaza setentrional está provocando um impacto desastroso na segurança alimentar. Nenhum alimento entrou no norte desde 1º de outubro”, disse em comunicado publicado no X. “Não está claro quanto tempo durarão os estoques alimentares do PMA no norte, já distribuídos a abrigos e estruturas sanitárias”.

Ainda segundo a agência da ONU, pontos de distribuição de comida, cozinhas e padarias na região foram forçados a fechar devido a ataques aéreos israelenses, operações terrestres e ordens de evacuação.

(*) Com Ansa