Quarta-feira, 26 de março de 2025
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O governo de Israel recebeu, na madrugada deste sábado (22/02), cinco dos seis últimos prisioneiros a serem liberados pelo Hamas na primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que começou em 29 de janeiro.

Em contrapartida, 620 presos palestinos seriam libertos de acordo com a trégua. O grupo palestino apontou uma “flagrante violação” dos termos do cessar-fogo após a decisão de Israel.

“O fracasso da ocupação [israelense] em cumprir a libertação do sétimo lote de prisioneiros no acordo de troca no prazo acordado constitui uma violação flagrante do acordo”, disse o porta-voz do Hamas, Abdel Latif al-Qanou, em um comunicado.

Latif al-Qanou acusou o premiê israelense Benjamin Netanyahu de se envolver em “táticas de procrastinação e protelação” para minar o acordo.

A troca estava prevista para às 20h do horário local, porém não aconteceu. O jornal israelense Times of Israel disse que o governo decidiu adiar até “terminar consultas de segurança sobre o retorno dos demais reféns”.

Porém, segundo a Autoridade de Radiodifusão Israelense, o atrasou ocorreu deliberadamente pelo governo, alegando que a medida seria uma retaliação pelo erro do grupo palestino em relação aos restos mortais de Shiri Bibas.

A família de Shiri Bibas confirmou neste sábado a entrega ao governo de Israel do corpo da refém de origem argentina, cujo cadáver não havia sido devolvido na quinta-feira com os de seus filhos, Ariel e Kfir, também feitos reféns pelo Hamas.

Tel Aviv alegou que não foram encontrados sinais de ferimentos por bombardeios nos corpos dos irmãos Ariel e Kfir Bibas e da mãe deles, Shiri, mortos enquanto estavam sob poder do Hamas na Faixa de Gaza.

Os restos mortais dos três reféns foram restituídos a Israel no âmbito do cessar-fogo em vigor no enclave palestino desde 19 de janeiro. O Hamas anunciou que Ariel, de quatro anos, Kfir, nove meses, e Shiri, 32, foram mortos em um bombardeio israelense em novembro de 2023.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.