O Hamas entregou nesta quinta-feira (20/02) os corpos de quatro prisioneiros israelenses à Cruz Vermelha para serem encaminhados às Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), conforme o acordo de cessar-fogo selado com Tel Aviv. Trata-se da primeira entrega de restos mortais feita pelo grupo palestino desde o 7 de outubro de 2023, quando o regime sionista passou a intensificar suas operações militares na Faixa de Gaza.
Os integrantes do Hamas expuseram os caixões pretos de Shiri Bibas, seus dois filhos – Kfir e Ariel – e Oded Lifshitz, em um palco em Khan Younis, tendo ao fundo um painel com as fotos dos quatro israelenses e uma representação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em forma de vampiro. Nele, a legenda: “O criminoso de guerra e seu exército nazista os assassinaram com mísseis dos aviões de guerra sionistas”.
Mais tarde, em comunicado, o Hamas disse que tentou manter vivos os prisioneiros israelenses sob sua custódia, mas que foram mortos pelo próprio exército israelense em ataques aéreos. Afirmou ainda que “preservou a vida dos prisioneiros da ocupação”, deu-lhes o que pôde e “os tratou com humanidade”. No entanto, que “seu exército os matou junto com seus captores”.
“O criminoso Netanyahu está chorando hoje pelos corpos de seus prisioneiros que voltaram para ele em caixões, em uma tentativa flagrante de fugir da responsabilidade por sua morte na frente de seu público”, destacou.

As Forças de Defesa de Israel carregam os caixões dos quatro prisioneiros israelenses mortos, que foram devolvidos pelo Hamas nesta quinta-feira (20/02)
Até o momento, o Hamas já restituiu 23 dos 33 reféns israelenses previstos na primeira etapa da trégua, iniciada em 19 de janeiro, e anunciou que libertará mais seis pessoas vivas neste sábado (22/02). Os quatro corpos que restam serão devolvidos na semana que vem. Em troca, o governo de Israel, que já libertou 1.135 reféns palestinos de suas prisões segundo a emissora catari Al Jazeera, programa para libertar mais 502 pessoas nesta semana.
A primeira etapa do acordo de cessar-fogo, que tem duração de 42 dias, iniciou em 19 de janeiro e termina em 2 de março. A segunda e próxima fase prevê a retirada gradual das tropas israelenses do território palestino.