O Hamas anunciou nesta quarta-feira (19/02) uma proposta para libertar todos os prisioneiros israelenses remanescentes na Faixa de Gaza de uma só vez durante a segunda fase do acordo de cessar-fogo, em troca de uma trégua duradoura e uma retirada completa das tropas do regime sionista no enclave.
“Estamos prontos para uma segunda fase em que os prisioneiros [israelenses] possam ser enviados de uma só vez em troca de um acordo que leve a um cessar-fogo permanente e a uma retirada completa [do exército israelense] de Gaza”, disse o porta-voz do grupo palestino, Hazem Qassem, em comunicado.
Por sua vez, à agência de notícias AFP, o dirigente de alto escalão do grupo palestino, Taher al-Nunu, considerou que a proposta “confirma a seriedade e a completa prontidão para seguir em frente na resolução desse assunto, bem como para caminhar em direção a uma trégua sustentável”.

O Hamas propôs libertar todos os prisioneiros israelenses na Faixa de Gaza de uma só vez durante a segunda fase do acordo de cessar-fogo, em troca de trégua duradoura e retirada total de tropas de Israel
Até o momento, o Hamas já libertou 19 dos 33 reféns israelenses previstos na primeira etapa da trégua, iniciada em 19 de janeiro, e anunciou que libertará mais seis pessoas vivas neste sábado (22/02). Outros oito estão mortos, dos quais quatro corpos devem ser devolvidos na quinta (20/02) e o restante na semana que vem. Em troca, o governo de Israel, que já libertou 1.135 reféns palestinos de suas prisões segundo a emissora catari Al Jazeera, programa para libertar mais 502 pessoas nesta semana.
A recente proposta anunciada pelo Hamas vem depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se manifestou contra a libertação semanal e gradual dos cativos levados de Israel, e também após as famílias daqueles que permanecem em Gaza pedirem que todos fossem libertados juntos.
A primeira etapa do acordo de cessar-fogo, que tem duração de 42 dias, termina em 2 de março. A segunda e próxima fase prevê a retirada gradual das tropas israelenses do território palestino.
(*) Com Ansa