Sexta-feira, 11 de julho de 2025
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O grupo de resistência palestino Hamas anunciou nesta sexta-feira (04/07) que está pronto “para começar imediatamente” as negociações para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

“O movimento concluiu as consultas internas sobre a mais recente proposta dos mediadores para pôr fim à agressão contra o nosso povo em Gaza”, declarou o movimento.

Segundo o comunicado, o grupo “está totalmente pronto para iniciar imediatamente uma rodada de negociações sobre o mecanismo para a implementação desse estrutura”, que prevê uma trégua de 60 dias nos ataques.

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O que o acordo de cessar-fogo prevê?

De acordo com a Al Jazeera, um dos principais pontos da proposta de cessar-fogo é que todas as atividades militares e ofensivas de Israel em Gaza sejam interrompidas a partir do momento em que o acordo entrar em vigor.

O documento afirma que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garante que Israel manterá o compromisso de não atacar Gaza no período determinado.

“Durante o cessar-fogo, as operações aéreas militares e de vigilância sobre Gaza serão interrompidas por 10 horas diárias, ou 12 horas nos dias em que ocorrerem trocas de prisioneiros”, detalha a emissora catari.

Milhares de palestinos retornando para suas casas durante primeiro cessar-fogo, em janeiro passado
RS/Fotos Públicas

Outros temas devem ser debatidos nas negociações com os mediadores — Estados Unidos, Catar e Egito —, como “condições para a troca de todos os reféns restantes por prisioneiros palestinos em prisões israelenses”.

Para esta proposta, o Hamas devolveria 10 reféns israelenses vivos e 18 mortos. As libertações ocorreriam da seguinte forma: oito pessoas vivas no primeiro dia da trégua; cinco mortos no sétimo dia; outros cinco mortos no 30º dia; dois vivos no 50º e os oito mortos restantes no 60º e último dia do cessar-fogo.

Quanto à ajuda humanitária, o Hamas exigiu que os suprimentos sejam enviados “imediatamente” a Gaza após a aprovação do cessar-fogo, sendo distribuídos por canais “previamente acordados”, como as Nações Unidas e o Crescente Vermelho Palestino.

A exigência ocorre em meio às crescentes mortes de palestinos que buscam alimentos distribuídos pela organização norte-americana GHF (Fundação Humanitária de Gaza, na sigla em inglês).

Em relação à permanência das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) no enclave palestino, devem ser debatidas a “redistribuição e retirada” das tropas israelenses.

Outros assuntos, como “acordos de segurança de longo prazo” e “o dia seguinte” em Gaza, também podem ser levantados por qualquer uma das partes, informou a Al Jazeera.

A declaração foi dada após Trump confirmar que Israel concordou com as condições para uma trégua de 60 dias no enclave palestino. O rascunho do acordo foi aprovado no início desta semana pelo ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, durante sua visita a Washington.

(*) Com ANSA e informações da Al Jazeera.