Terça-feira, 8 de julho de 2025
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Um alto funcionário do Hamas informou nesta sexta-feira (15/11) que o grupo palestino está “pronto para um cessar-fogo imediato” na Faixa de Gaza, mas culpou o governo de Israel por não apresentar nenhuma “proposta séria” para a implementação do acordo, enquanto segue realizando “grandes massacres” no enclave.

Ao canal televisivo Sky News, Basem Naim afirmou que o último “acordo bem definido e intermediado” foi avançado em 2 de julho, quando se discutiu a proposta de cessar-fogo anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

“Foi discutido em todos os detalhes e acho que estávamos perto de um cessar-fogo que pudesse acabar com esta guerra, um cessar-fogo permanente, a retirada total do exército e a troca de prisioneiros. Infelizmente (o primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu preferiu ir para o outro lado”, afirmou o membro do escritório político do Hamas em Doha, lembrando que Israel “cometeu pelo menos dois ou três grandes massacres” em Khan Younis e na Cidade de Gaza depois disso.

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X/UNRWA
Bassem Naim, membro do escritório político do Hamas, culpou Israel de não avançar acordo de cessar-fogo e seguir cometendo massacres na Faixa de Gaza

“O Hamas está pronto para chegar a um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza se uma proposta for apresentada e com a condição de que seja respeitada (por Israel)”, acrescentou.

Questionado pelo veículo sobre sua posição referente à mudança na gestão dos Estados Unidos, a principal nação aliada a Israel, Naim apontou que o Hamas pede a “qualquer presidente”, incluindo o novo governo a ser assumido pelo republicano Donald Trump, que tome as medidas necessárias para parar a guerra imediatamente.

“Somos pessoas que buscam um futuro melhor. Estamos procurando garantir um futuro digno e próspero para nossos filhos”, disse o alto funcionário em recado ao magnata norte-americano.

A posição de Naim foi dada uma semana depois que o Catar anunciou que estava suspendendo seu papel como mediador no conflito e pedindo a todas as partes que mostrassem “seriedade” em relação às negociações. Em comunicado, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Doha, Majed Al Ansari, reiterou que retomaria os esforços “quando as duas partes mostrarem sua disposição”.