Os houthis do Iêmen dispararam um míssil de longo alcance ao centro de Israel neste domingo (15/09) em resposta à continuidade das operações militares lideradas pelo regime sionista no território palestino. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), o bombardeio não deixou vítimas.
Em breve discurso televisionado, o porta-voz militar houthi, Yahya Saree, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, afirmando que um “míssil hipersônico” percorreu 2 mil quilômetros até atingir uma posição militar inimiga na área de Jaffa, em Tel Aviv.
O representante iemenita também antecipou que serão realizados mais ataques a Israel antes de 7 de outubro de 2024, data em que se completará um ano desde que as IDF passaram a intensificar suas operações na Faixa de Gaza. Além do apoio aos palestinos, acrescentou que as novas ofensivas também configuram uma resposta ao bombardeio israelense de julho no porto de Hodeidah, no Iêmen.
Em comunicado, o grupo palestino Hamas elogiou o lançamento do míssil e declarou que Israel não estará seguro até cessar sua “agressão brutal” a Gaza.
“Consideramos isto uma resposta natural à agressão contra o nosso povo palestino (…) Afirmamos que o inimigo sionista não estará seguro até que pare a sua agressão brutal contra o nosso povo na Faixa de Gaza”, afirmou o Hamas.
Netanyahu promete retaliar
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu neste domingo uma resposta contra a ofensiva reivindicada pelos houthis do Iêmen.
“Esta manhã, os houthis lançaram um míssil do Iêmen em nosso território. Eles já deveriam saber que cobramos um preço alto por qualquer tentativa de nos prejudicar”, afirmou o premiê no início de uma reunião de gabinete.
“Aqueles que precisam de um lembrete sobre este assunto estão convidados a visitar o porto de Hodeidah”, acrescentou ele, fazendo uma referência à cidade iemenita onde foi bombardeada por Israel em julho.
De acordo com a Rádio do Exército de Israel, uma investigação da Força Aérea local determinou que as tentativas de interceptar o míssil lançado pelos houthis em direção a Israel falharam porque “o míssil não foi completamente destruído no ar conforme necessário”.
“Como resultado da interceptação parcial, o míssil se desintegrou no espaço aéreo israelense e seus fragmentos caíram em áreas abertas em vários locais no centro de Israel”, disse a rádio.
De acordo com o jornal The Times of Israel, estilhaços do míssil e dos interceptores impactaram áreas abertas na floresta de Ben Shemen, perto da comunidade de Kfar Daniel, localizada a alguns quilômetros a sudeste do Aeroporto Ben Gurion, provocando um incêndio. As partículas também causaram danos em uma estação de trem nos arredores de Modiin, cerca de 25 quilômetros a leste de Tel Aviv.