Os Houthis do Iêmen realizaram neste domingo (05/01) novos ataques com foguetes contra o território israelense, os quais tiveram como alvo principal a usina elétrica de Orot Rabin, no sul de Israel.
Também foram disparados mísseis contra alvos na cidade de Talmei Elazar, no distrito de Haifa. As Forças Armadas de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) asseguram ter interceptado a maioria dos foguetes lançados pelos Houthis.
Em ambos os ataques foram utilizados mísseis balístisco hipersônicos, modelo que foi batizado pelos Houthis como “Palestine 2”, já que são usados nas ações referentes ao apoio do grupo à causa palestina.
Segundo o porta-voz do grupo iemenita, Yayha Sari, o bombardeio é uma resposta ao ataque realizado pelos Estados Unidos contra Sanaa, capital do Iêmen, na última terça-feira (31/12), e busca passar a mensagem de que “nenhuma tentativa de intimidação irá impedir nosso apoio à Gaza”.
Nos dias 30 e 31 de dezembro, navios e aeronaves da Marinha norte-americana realizaram um ataque visando uma instalação de controle dos Houthis. Em comunicado oficial, o Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos (CENTCOM) afirmou a operação visou “instalações de produção e armazenamento de armas convencionais avançadas, que incluíam mísseis e veículos aéreos não tripulados”.
Os Houthis são um grupo que controla parte do território do Iêmen e que vem realizando ataques contra Israel em apoio à causa palestina. No dia 27 de dezembro, a organização reivindicou um ataque com míssil ao aeroporto de Tel Aviv.
Outra ação comum realizada pelos Houthis nos últimos meses é a imposição de um bloqueio naval a Israel, interceptando navios que passam pelo Mar Vermelho, nas proximidades da Costa iemenita, pela rota que leva aos portos israelenses através do Canal de Suez.
O porta-voz do grupo, Yayha Sari, acrescentou em seu comunicado que “o povo do Iêmen mantém firme o seu compromisso ético e humanitário para com o povo oprimido da Palestina”.