Iêmen lança novo ataque com mísseis contra o aeroporto Ben Gurion
Porta-voz militar iemenita afirmou que a ação é resposta ao cerco israelense em Gaza e à agressão contra Beirute
As Forças Armadas do Iêmen lançaram, neste sábado (07/06), um novo ataque com mísseis contra o aeroporto Ben Gurion, o principal aeroporto de Israel, localizado nos arredores de Tel Aviv. A ofensiva é uma retaliação aos ataques de Israel em Gaza e no sul de Beirute.
“A operação veio em resposta ao crime de fome e sede em Gaza e à agressão do inimigo contra os subúrbios do sul de Beirute”, afirmou o porta-voz militar iemenita, brigadeiro-general Yahya Saree, em pronunciamento transmitido pelo canal al-Masirah.
“Nós vamos apoiar Gaza até que a agressão e o bloqueio contra a região cessem”, acrescentou, classificando a operação como “bem-sucedida”.
Saree reafirmou a aliança incondicional com Beirute, Gaza e toda a Palestina, e denunciou o apoio dos Estados Unidos às ações militares israelenses. Segundo o porta-voz, as operações iemenitas continuarão enquanto durar o cerco a Gaza.
As Forças Armadas do Iêmen também alertaram para um “verão escaldante” no Oriente Médio.

Chris Hoare / Wikipedia
Operações aéreas foram suspensas
O lançamento do míssil balístico hipersônico Palestina 2 contra o aeroporto Ben Gurion, a cerca de 20 km de Tel Aviv, levou à suspensão das operações aéreas.
Imagens divulgadas mostram sirenes de alerta soando nas regiões centrais dos territórios ocupados, em Jerusalém (al-Quds), nos arredores do aeroporto e em assentamentos na Cisjordânia.
Autoridades israelenses afirmam que os sistemas de defesa antimísseis conseguiram interceptar o artefato. Até o momento, não há relatos de vítimas ou danos materiais.
Na quarta-feira (04/06), o Exército iemenita também afirmou ter realizado dois ataques com drones no mesmo aeroporto.
Desde o fim de 2023, os houthis — movimento iemenita apoiado pelo Irã — intensificaram os ataques contra Israel como forma de apoio à causa palestina. Além das ofensivas com mísseis e drones, o grupo implementou um bloqueio marítimo pelo Mar Vermelho e Golfo de Áden.
O objetivo é interromper o envio de suprimentos militares a Israel e pressionar a comunidade internacional diante da grave crise humanitária em Gaza.
