O governo do Irã afirmou, neste sábado (10/08), que sua planejada retaliação a Israel pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniya, não está relacionada aos esforços por um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Segundo o representante do país nas Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, a resposta a Israel, atribuído como autor do ataque que matou Haniya na capital iraniana, onde estava para a posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian, não acontece “em detrimento das negociações sobre a liberação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza”.
Ao dizer que o Irã tem como “prioridade o estabelecimento de um cessar-fogo duradouro em Gaza” e que “qualquer acordo alcançado pelo Hamas também será reconhecido” por Teerã, o diplomata também argumentou que “o regime israelense violou sua segurança”, acrescentando que o país “tem o direito legítimo de autodefesa”.
“No entanto, esperamos que nossa resposta seja atempada e implementada de forma a não prejudicar um potencial cessar-fogo”, lê-se no comunicado da missão.
As hostilidades de Israel na Faixa de Gaza já deixaram cerca de 40 mil mortos, em sua maioria mulheres e crianças, além de grave crise humanitária e deslocamento forçado da população palestina.
(*) Com Sputnik