O exército israelense declarou nesta quarta-feira (07/08) novas ordens de evacuação para os palestinos situados em áreas do norte da Faixa de Gaza, ameaçando uma nova operação regional de “grande escala”.
O anúncio foi feito pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Avichay Adraee, que destacou Beit Hanoun e Beit Lahiya como as duas cidades que serão alvo das tropas militares. Segundo a emissora catari Al Jazeera, ambas as áreas já estão em grande parte destruídas em decorrência das operações israelenses iniciadas com maior intensidade no outubro passado.
“O Hamas e organizações terroristas estão disparando foguetes dessa área em direção ao Estado de Israel. As IDF responderão com força imediata contra eles”, disse Adraee em rede social. “Para sua segurança, evacue imediatamente para abrigos no centro da Cidade de Gaza.
#عاجل ‼️ نداء الى كل المتواجدين في منطقة بيت حانون واحياء المنشية والشيخ زايد والنازحين في داخل المآوي في المنطقة
⭕️حماس والمنظمات الإرهابية تطلق الصواريخ من منطقتكم نحو دولة اسرائيل.
جيش الدفاع الإسرائيلي سوف يعمل بقوة وفوراً ضدهم.⭕️من اجل أمنكم، اخلوا بشكل فوري الى المآوي… pic.twitter.com/PkYwwJqEc2
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) August 6, 2024
Em outra publicação, o porta-voz do exército recomendou os palestinos a se mudarem para os abrigos de Deir el-Balah, no centro do enclave, designando a área como uma “zona segura”. No entanto, o local foi recentemente atingido pelas próprias forças israelenses.
“A maioria das pessoas aqui foi deslocada várias vezes. De Rafah, Khan Younis e do centro de Gaza. Agora estão todas amontoadas em Deir el-Balah”, afirmou um residente à Al Jazeera.
Ainda nesta quarta-feira, de acordo com a agência Reuters, pelo menos 10 palestinos foram mortos pelas IDF em Khan Younis, no sul de Gaza. Além disso, o bairro de Al-Tuffah, próximo da Cidade de Gaza, também foi bombardeado, o que resultou na morte de três pessoas. .
Israel segue atacando o enclave, embora as autoridades do Irã e o Hezbollah, apoiado por Teerã, tenham ameaçado nesses últimos dias Tel Aviv com uma reposta “definitiva e decisiva” após o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e do chefe militar do grupo libanês, Fuad Shukr, ambos também apoiadores da causa palestina.