O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira (09/08) que o país aceita retomar as negociações com o grupo palestino Hamas para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Assim, as conversas devem ser reiniciadas em 15 de agosto.
Netanyahu ainda confirmou o envio de uma delegação a Doha ou ao Cairo, capitais dos mediadores Catar e Egito, respectivamente, para participar das negociações que também devem alcançar um acordo para a libertação de reféns detidos desde 7 de outubro.
O gabinete do primeiro-ministro explicou que a decisão responde à “oferta dos Estados Unidos e dos mediadores”, e tem como objetivo “finalizar os detalhes para a implementação dos detalhes do acordo”.
O anúncio israelense é feito após os mediadores de Catar, Egito e EUA divulgarem uma declaração conjunta, apelando a Israel e ao Hamas para retomarem as negociações na data sugerida, na tentativa de concluir o acordo proposto e começar a implementá-lo o mais rápido possível.
“É importante chegar rapidamente” a um acordo sobre a libertação dos reféns em Gaza, afirmou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.
Após a decisão do governo israelense, o Líbano também fez um apelo para retomar as discussões na próxima semana pela trégua e pela libertação dos reféns, conforme comunicado publicado pelo ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdullah Bou Habib, após uma reunião com o primeiro-ministro Najib Mikati.
Segundo ele, “os palestinos em Gaza, as pessoas raptadas e as suas famílias estão sofrendo muito e devemos ajudá-los”.
“O governo libanês acredita que chegou a hora de agir de forma decisiva e que não há espaço para mais atrasos”, acrescentou Bou Habib, enfatizando que os esforços feitos pelos três negociadores “são dignos de elogio”.
As negociações serão retomadas após a ofensiva israelense no enclave palestino ter deixado cerca de 40 mil mortos, em sua maioria mulheres e crianças, além de grave crise humanitária.
(*) Com Ansa