O Exército de Israel matou pelo menos 88 pessoas e feriu outras 189 em Gaza nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde local. As forças israelenses seguem atacando o território palestino mesmo após o Gabinete de Segurança de Israel ter dado aval nesta sexta-feira (17/01) para o governo de Benjamin Netanyahu aprovar o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns com o Hamas.
De acordo com a Defesa Civil palestina, desde o acordo de trégua anunciado pelo governo catari na quarta-feira (15/01), Israel concentrou seus ataques na Cidade de Gaza, Khan Younis e Rafah, e acrescentou que grande parte das vítimas eram crianças e mulheres.
Segundo a agência de notícias Wafa, em Jabalia, as forças israelenses bombardearam uma casa, matando pelo menos nove pessoas que estavam abrigadas nela. Já a emissora catari Al Jazeera informou que Jabalia está “sob ataque feroz desde o anúncio do cessar-fogo em Gaza”, acrescentando que no dia anterior um outro ataque à mesma área matou pelo menos 20 pessoas.
As autoridades sanitárias do enclave informam nesta sexta-feira que, desde 7 de outubro de 2023, mais de 46.876 palestinos foram assassinados e 110.642 ficaram feridos em decorrência das operações israelenses em Gaza.

O Exército de Israel matou pelo menos 88 pessoas e feriu outras 189 em Gaza nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde local
Acordo de cessar-fogo
Mais cedo, os membros do Gabinete de Segurança de Israel se reuniram para votar pela aprovação do acordo de cessar-fogo com o Hamas, que permitirá a troca de reféns por prisioneiros palestinos. A expectativa é de que o governo também aprove o texto até o fim do dia.
Se isso ocorrer, o plano mediado pelo Catar, pelo Egito e pelos Estados Unidos que prevê o fim da guerra de 15 meses entrará em vigor no domingo (19/01). No primeiro momento, o cessar-fogo incluirá uma pausa inicial de seis semanas nas hostilidades, durante as quais o governo de Israel e o Hamas se envolverão em novas negociações.
O acordo prevê a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de reféns mantidos pelo Hamas. Em troca, Israel também se compromete a libertar os palestinos detidos.