Segunda-feira, 9 de junho de 2025
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Israel cometeu um novo massacre na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (29/05), matando pelo menos 23 palestinos em um bombardeio contra o campo de refugiados de Al Bureij, no centro do enclave palestino.

O ataque aéreo israelense derrubou um prédio e também feriu dezenas, de acordo com fontes do Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na cidade de Deir al Balah, para onde os feridos foram levados. 

As mortes foram confirmadas pelo oficial da Defesa Civil Mohammad Al-Mughayyir. ‘23 pessoas morreram, outras ficaram feridas e várias estão desaparecidas após um ataque aéreo israelense à casa da família Qreinawi, a leste do campo de refugiados de Al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza“.

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Ainda de acordo com o porta-voz do centro de saúde, as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) utilizaram armas proibidas internacionalmente no mais recente ataque. À emissora Al Jazeera, o representante relatou que as vítimas “chegaram carbonizadas” no hospital. 

O porta-voz ainda denunciou que o genocídio praticado por Israel em Gaza deixou 22 hospitais “completamente fora de serviço”, 70 mil crianças em risco de morte pela desnutrição e 11 mil pacientes que necessitam de “tratamento imediato”, em meio ao bloqueio de Tel Aviv. 

Além do bombardeio contra o local de deslocados, outros seis palestinos, incluindo duas crianças, foram mortos após um ataque israelense em outra casa na cidade de Jabalia, no norte de Gaza.

Horas antes, a mídia palestina noticiou que pelo menos 13 palestinos foram mortos em meio a bombardeios em diversas áreas do território palestino .

De acordo com a Al Jazeera, pelo menos 55 pessoas foram mortas em ataques israelenses desde a meia-noite desta quinta-feira. Estes números são provisórios, uma vez que ainda há corpos sob os escombros. 

Mortes em campo de refugiados foram confirmadas pelo oficial da Defesa Civil Mohammad Al-Mughayyir
Tasnim

Caos durante distribuição de alimentos

Além dos bombardeios, a fome no enclave levou milhares de civis famintos e desesperados por ajuda humanitária a saquear um depósito do Programa Mundial de Alimentos (PMA).

A organização das Nações Unidas relatou que milhares de pessoas famintas invadiram o armazém de alimentos Al-Ghafari, em Deir Al-Balah, para roubar sacos de farinha e caixas. Durante o ato, autoridades atiraram contra os palestinos, mas não está claro quem abriu fogo contra os civis.

 O PMA não advertiu o saqueamento, mas usou da situação para denunciar que as necessidades humanitárias em Gaza “escaparam do controle” após um bloqueio israelense que durou quase três meses e foi aliviado, de forma insuficiente, na semana passada.

Diante de uma onda de críticas internacionais, Israel começou a distribuir ajuda nos últimos dias, de forma limitada e fora do sistema da ONU, por meio da Fundação Humanitária de Gaza, organização norte-americana.

A medida atraiu a condenação de vários países, uma vez que foram relatadas “duas pessoas mortas e várias feridas pelas forças israelenses perto do centro de ajuda norte-americano”, de acordo com a Defesa Civil de Gaza. 

Israel bloqueou a entrada de alimentos, água e ajuda humanitária na Faixa de Gaza, causando fome entre uma população da qual metade são crianças e deslocando a maioria dos dois milhões de habitantes de Gaza inúmeras vezes.

Desde o início do cerco militar israelense em 7 de outubro de 2023, o número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 54.084, a maioria crianças e mulheres. O número de feridos subiu para 123.308, enquanto milhares de vítimas permanecem sob os escombros.

(*) Com Ansa, TeleSUR e informações da Al Jazeera