Israel bombardeia cidade em Gaza após forçar palestinos a se deslocarem
Ofensiva escala com 50 ataques aéreos; 68 palestinos foram mortos desde ontem (29/06)
A parte oriental da Cidade de Gaza foi alvo de pelo menos 50 ataques aéreos israelenses nesta segunda-feira (30/06). Os militares sionistas ameaçaram a população palestina a realizar uma evacuação forçada no domingo (29/06) com a intenção de uma nova escalada intensificada.
Segundo o britânico The Guardian, as Forças de Defesa de Israel alertaram sobre “operações militares [que] irão escalar, intensificar e se estender para o oeste, até o centro da cidade, para destruir as capacidades das organizações terroristas” e direcionaram aqueles que vivem em vários bairros lotados para al-Mawasi, uma área costeira muito mais ao sul, que já está superlotada e tem instalações muito limitadas.
Os alertas do governo sionista aconteceram após dias de ataques aéreos na Palestina. Segundo fontes médicas relataram à emissora catari Al Jazeera, que 68 palestinos foram mortos em Gaza durante o ataque sionista que aconteceu no domingo.
Mahmoud Bassal, porta-voz da agência de defesa civil, afirmou que duas crianças foram mortas em um ataque à sua casa em Zaytun, a leste da Cidade de Gaza, no início da manhã (29/06).
O The Guardian também relata que um morador disse que a casa de sua família foi destruída depois que eles receberam um aviso de que ela seria bombardeada por uma pessoa que se identificou como oficial do exército israelense.
A guerra de Israel em Gaza matou pelo menos 56.500 pessoas e feriu 133.419, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Estima-se que 1.139 pessoas foram mortas em Israel durante os ataques de 7 de outubro, e mais de 200 foram capturadas.

RS/Fotos Públicas
Egito
Em paralelo, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty declarou na noite de domingo (29/06) que seu país está trabalhando em um novo acordo de cessar-fogo para a Palestina e Israel. Cairo se mostrou disposto a ajudar e espera que proposta de trégua de 60 dias, em troca da libertação de alguns prisioneiros israelenses, promova um “processo político mais duradouro”.
“Estamos trabalhando em um acordo futuro em Gaza que inclui uma trégua de 60 dias, com a esperança de passar para a próxima fase”, disse Abdelatty em entrevista televisionada, de acordo com o libanês Al Mayadeen. Acrescentou que “qualquer retomada da agressão israelense após a conclusão de um acordo seria uma grande fonte de instabilidade regional”.
O premiê egípcio afirmou que os Estados Unidos “compreendem a importância de incluir salvaguardas em qualquer acordo de Gaza para garantir a sustentabilidade de um cessar-fogo”.