A madrugada de sábado (24/08) para domingo (25/08) foi marcada por troca de acusações e mísseis no Oriente Médio. Israel iniciou uma ofensiva que teria envolvido mais de 100 caças para atingir bases do grupo Hezbollah, no sul do Líbano.
O governo de Benjamin Netanyahu alega que se trata de uma ação preventiva, porque teria identificado que o Hezbollah estava “se preparando para disparar mísseis e foguetes em direção ao território israelense”, afirmou o principal porta-voz do Exército de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari.
Logo em seguida à ofensiva israelense, o Hezbollah afirma ter lançado mais de 300 mísseis contra 11 bases militares de Israel. Segundo o grupo, a ofensiva faz parte do início de uma resposta contra o assassinato do líder Fuad Shukr, ocorrida após um ataque israelense no final de julho, em Beirute, capital do Líbano.
“Hoje, domingo, 25 de agosto, como parte da resposta inicial à agressão nos subúrbios ao sul de Beirute, que levou à morte do comandante Fuad Shukr e de vários de nossos respeitados cidadãos, os combatentes da Resistência Islâmica lançaram um grande ataque aéreo usando UAVs [veículos aéreos não tripulados] nas profundezas da entidade sionista”, diz o comunicado do grupo.
O Hezbollah informou que completou a primeira fase de ataques retaliatórios contra Israel. Até o momento, nenhum dos lados afirmou ter havido mortes em decorrência dos ataques.
Esta nova ofensiva de ataques é decorrência do massacre que Israel vem realizando contra a Palestina desde outubro do ano passado. Desde então, cerca de 80% dos edifícios na Faixa de Gaza foram destruídos por ataques israelenses, ainda segundo estimativas da ONU.
Nesta semana foi apresentando um balanço dos efeitos dos ataques israelenses na Faixa de Gaza. Segundo as Nações Unidas, as ofensivas já mataram mais de 207 funcionários voluntários da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) da ONU.
Além disso, Israel reduziu as zonas humanitárias a apenas 11% do território de Gaza. A informação foi confirmada pela UNRWA. O número de vítimas fatais em território palestino se aproxima de 40 mil pessoas segundo balanço mais recente divulgado por autoridades locais.
Ministério da Defesa israelense declara situação de emergência por 48 horas
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou situação de emergência por 48 horas devido ao ataque retaliatório lançado pelo Hezbollah, informou o Times of Israel.
O jornal esclareceu que o regime de “situação de emergência” permite que as autoridades imponham restrições para proteger a população.
A validade habitual deste regime é de 48 horas, a menos que o governo decida prorrogá-lo.
(*) Com Brasil de Fato e Sputnik Brasil.