Segundo o Ministério de Saúde da Palestina, três pessoas foram mortas nesta terça-feira (11/03) no campo de refugiados de Jenin, em meio à operação militar de Tel Aviv na Cisjordânia.
A pasta afirmou que os soldados israelenses atiraram indiscriminadamente contra as vítimas, sendo Faiza Ibrahim Abu Ghali, uma mulher idosa, uma delas.
O corpo da mulher de 58 anos foi recebido pelo Crescente Vermelho Palestino no posto de controle de Jalameh e levado para um hospital local. Após a transferência, a pasta confirmou a morte de Abu Ghali, bem como a de outros dois palestinos cujas identidades ainda não foram reveladas.
O exército israelense justificou os assassinatos argumentando, sem evidências, que suas forças especiais estavam enfrentando “terroristas armados” entrincheirados em uma estrutura em Jenin.

Israel promove na Cisjordânia uma das mais longas operações militares, tendo ordenado a entrada de tanques de guerra na região pela primeira vez em 20 anos
Além dos três mortos, as Forças de Defesa Israelenses (IDF) afirmaram que 35 pessoas foram presas.
Segundo o comunicado militar, tropas do exército “operaram em todo o território ocupado durante a noite”. O informe também especificou que membros do grupo palestino Hamas estavam entre as pessoas detidas e que armas foram confiscadas.
Israel promove na Cisjordânia uma das mais longas operações militares, tendo ordenado a entrada de tanques de guerra na região pela primeira vez em 20 anos. Para além de Jenin, a violência também se espalhou para outros campos, incluindo Nablus, Tulkarem e Nur Shams.
As consequências humanitárias das operações militares de Israel na Cisjordânia têm sido devastadoras. De acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), quase 40 mil pessoas foram deslocadas à força, transformando os campos de refugiados em áreas quase desérticas.
Pelo menos 100 palestinos foram mortos este ano na Cisjordânia ocupada, incluindo 12 crianças. Enquanto isso, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que as tropas permanecerão nesses campos por “pelo menos mais um ano”.
(*) Com TeleSUR e informações da Al Jazeera