Sexta-feira, 18 de abril de 2025
APOIE
Menu

Horas após realizar um ataque massivo que deixou centenas de mortes na Faixa de Gaza, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) ordenaram aos palestinos que residem no enclave para que evacuem às áreas fronteiriças. De acordo com o jornal The Times of Israel, os avisos emitidos nesta terça-feira (18/03) sugerem que as tropas israelenses podem “expandir a ofensiva” nas próximas horas.

O porta-voz das IDF, coronel Avichay Adraee, publicou pela plataforma X um mapa indicando “zonas de combate perigosas”, das quais os moradores do enclave devem fugir. Pela imagem, incluem-se as cidades palestinas de Beit Hanoun, Khirbet Khuza’a e os subúrbios de Abasan al-Kabira e Abasan al-Jadida.

“Essas áreas designadas são consideradas zonas de combate perigosas. Para a sua segurança, você deve evacuar imediatamente para abrigos localizados no oeste da Cidade de Gaza e em Khan Younis”, diz a postagem, advertindo que permanecer nas áreas marcadas em vermelho “põe a sua e a vida de seus familiares em risco”.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se
UNRWA
As forças israelenses retomaram suas operações militares em Gaza nesta terça-feira (18/03), com ataques aéreos e de artilharia que deixaram ao menos 400 pessoas mortas

Violação do acordo de cessar-fogo

Nas primeiras horas do dia, as forças israelenses retomaram suas operações militares em Gaza, com ataques aéreos e de artilharia que deixaram ao menos 400 pessoas mortas. Os bombardeios se concentraram nas regiões de Deir al-Balah, Cidade de Gaza, Jan Yunis e Rafah, além de atingir a “zona humanitária” de Al-Mawasi. 

Logo após os ataques, o Ministério da Saúde palestino relatou que a maioria das vítimas fatais era composta de mulheres e crianças, enquanto várias vítimas permaneciam sob os escombros, indicando um número superior de fatalidades. 

A ação de Israel foi condenada pelo Hamas, que classificou como uma “agressão traiçoeira” do “criminoso [primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu e a ocupação sionista nazista”.

Por meio de comunicado, o grupo palestino apelou para que os mediadores do acordo de cessar-fogo responsabilizem Netanyahu por violar e anular a tratativa. Além disso, solicitou a convocação de uma reunião emergencial do Conselho de Segurança das Nações Unidas para que seja adotada uma resolução que impeça a continuidade das hostilidades de Israel em Gaza.

Em conformidade com o Hamas, o movimento libanês Hezbollah também realizou um apelo à comunidade internacional para que sejam tomadas “medidas urgentes” contra o “crime contínuo” de Israel e para conter a “barbárie sionista-americana”.