O governo de Israel anunciou nesta sexta-feira (09/08) a expulsão de oito diplomatas que trabalhavam na embaixada da Noruega em Tel Aviv.
A decisão acontece horas depois de o chanceler de Israel, que se chama Israel Katz, publicar uma mensagem em suas redes sociais antecipando a resolução sobre os representantes noruegueses, afirmando que eles teriam seus credenciamentos revogados, e que a medida seria uma represália devido ao reconhecimento do Estado da Palestina por parte de Olso – medida que o governo europeu tomou em maio passado.
Katz também acusou a Noruega de ter adotado uma postura que ele qualificou como “anti israelense e antissemita”.
“Em vez de lutar contra o terrorismo palestino depois do 7 de outubro, e de apoiar Israel em sua guerra contra o eixo do mal iraniano, a Noruega optou por recompensar os assassinos e estupradores do Hamas, ao reconhecer um Estado palestino”, afirmou.
Por sua vez, o chanceler norueguês, Espen Barth Eid, disse que a medida tomada por Tel Aviv é “um ato extremista, que afeta sobretudo a nossa capacidade de ajudar a população palestina”
“Vemos, mais uma vez, que o governo de (Benjamin) Netanyahu (premiê de Israel) se opõe ativamente ao trabalho para uma solução de dois Estados”, acrescentou Barth Eid.
O chanceler da União Europeia, Josep Borrell, também repudiou a decisão de Tel Aviv, considerando-a “injustificada”.
Vale lembrar que a decisão da Noruega de reconhecer o Estado da Palestina foi acompanhada por medida similar adotada também em maio pelos governos da Irlanda e da Espanha.