O premiê israelense Benjamin Netanyahu reforçou nesta terça-feira (11/02) sua ameaça de romper o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza com o grupo de resistência palestino Hamas.
O líder sionista mencionou o ultimato feito nesta segunda-feira (10/02) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que o Hamas liberte até o próximo sábado (15/02) parte dos reféns israelenses que estão sob sua custódia.
A declaração de Trump, apoiada por Netanyahu, repercutiu como polêmica na imprensa mundial, já que o mandatário estadunidense usou termos fortes para explicar o tom do ultimato, chegando a dizer que Israel deveria “abrir as portas do inferno novamente” em Gaza caso o Hamas não liberte os reféns.
Nesta terça, o premiê israelense fez declaração no mesmo sentido, mas com palavras mais prudentes: “se o Hamas não devolver nossos reféns até o meio-dia de sábado, as Forças de Israel irão recomeçar combates intensos até que o Hamas seja finalmente derrotado”.
O grupo palestino, por sua vez, alega que Tel Aviv tem violado os termos de acordo, e que só voltará a realizar o intercâmbio de prisioneiros quando o governo sionista cumprir os termos que foram violados.
O Hamas acusa Israel de continuar realizando ataques em territórios palestinos, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, que teriam resultado em pelo menos 30 mortes no último fim de semana. O movimento palestino também denuncia o atraso no retorno dos moradores de Gaza ao enclave.

Premiê sionista Benjamin Netanyahu disse apoiar ultimato dado ao Hamas por Donald Trump, presidente dos EUA
ONU faz apelo por respeito à trégua
Também nesta terça-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu a Israel e ao Hamas que cumpram o acordo de cessar-fogo.
A declaração surgiu em meio a uma cúpula internacional sobre inteligência artificial, realizada em Paris, na França.
O líder da entidade interrompeu a discussão sobre o tema principal do evento para dizer que “é preciso evitar a todo custo a retomada das hostilidades em Gaza, o que levaria a uma imensa tragédia”.
Guterres também pediu que ambos os lados retomem as negociações em Doha para avançar com a segunda fase do acordo.
A última troca de reféns entre Hamas e Israel ocorreu no último sábado (08/02) e foi a quinta ocasião desde que o acordo entrou em vigor, em 19 de janeiro.
Com informações de TeleSur.