O Exército de Israel realizou um ataque maciço contra vários pontos da região central da Síria, no qual pelo menos 18 pessoas acabaram mortas e mais de 40 ficaram feridas. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (09/09) pelo ministro da Saúde sírio, Hassan al-Ghabbash, que descreveu a ação israelense como uma “agressão brutal e bárbara”.
Uma fonte de segurança síria relatou à agência de notícias SANA que “por volta das 23h20 da noite de domingo, o inimigo israelense lançou uma agressão aérea na direção do noroeste do Líbano, visando várias instalações militares na região central [da Síria]”. À agência Reuters, outras fontes informaram que os militares tiveram como alvo um centro de investigação militar para a produção de armas químicas.
Os ataques ocorridos na noite anterior se concentraram nas províncias de Damasco, Hama, Tartus e Homs. O Centro de Pesquisa Científica, de Hama, também foi um dos pontos atingidos.
Em uma área da cidade de Masyaf, foram registradas pelo menos “13 explosões violentas” onde especialistas e grupos pró-iranianos trabalhavam no desenvolvimento de armas, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com base no Reino Unido.
Após a ofensiva, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram que não comentam sobre “relatos de meios de comunicação social estrangeiros”. Já o Ministério das Relações Exteriores do Irã condenou o governo israelense, classificando o ataque como “criminoso”.
“Condenamos veementemente o ataque criminoso do regime sionista em solo sírio. Consideramos que está na hora de os aliados do regime deixarem de o apoiar e armar”, afirmou Nasser Kanani.
Vale lembrar que Israel tem regularmente como alvo instalações militares na Síria com suposta ligação ao Irã e a grupos de resistência que condenam o regime sionista, como o libanês Hezbollah. Desde o início da intensificação das operações militares lideradas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Palestina, o Hezbollah, apoiador da causa palestina, têm confrontado as IDF.
No entanto, a mídia local se refere aos ataques ocorridos na noite anterior como “incomuns”, uma vez que o próprio governo sírio denunciou que Israel teve como alvo “civis”.
(*) Com RT en Español