(*) Atualizada em 23 de setembro, às 16h53
Pelo menos 356 pessoas morreram no maior ataque israelense ao Líbano, nesta segunda-feira (23/06), sendo também maior número de baixas no país em um único dia desde o início da guerra na Faixa de Gaza, motivo que provocou aumento das hostilidades entre Israel e o grupo Hezbollah, aliado do Hamas.
De acordo com o Ministério da Saúde de Beirute, os bombardeios que atingiram dezenas de cidades, entre elas Bint Jbeil, Aitaroun, Majdal Selem, Hula, Toura, Qlaileh, Haris, Nabi Chit, Tarayya, Shmestar, Harbata, Libbaya e Sohmor, também deixaram cerca de 1.246 feridos, e o balanço ainda deve se agravar. Entre os mortos há “crianças, mulheres e paramédicos”, segundo o governo.
Hospitais no sul e no leste do país interromperam cirurgias não urgentes para se concentrar nos cuidados aos feridos, enquanto cidadãos receberam mensagens israelenses pedindo que evacuassem para fugir de ataques iminentes, segundo o Ministério da Informação do Líbano.
Já de acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF, como é chamado o exército de Tel Aviv), os bombardeios atingiram “mais de 300 alvos” do Hezbollah nesta segunda-feira, e os ataques continuarão ao longo do “futuro próximo”, com planos para ataques em “grande escala” no Vale do Beqaa, segundo a Al Jazeera.
“As IDF realizarão ataques maiores e precisos contra alvos terroristas que estão amplamente disseminados pelo Líbano”, disse o porta-voz militar Daniel Hagari.

Porta-voz do exército israelense alertou planos para ataques em “grande escala” no Vale do Beqaa, no Líbano
Ao ser questionado se Israel considera realizar uma incursão terrestre no país vizinho, Hagari respondeu que o Exército “fará todo o possível” para que residentes do norte israelense evacuados possam voltar para casa em segurança.
Apesar da narrativa similar em relação aos civis palestinos da Faixa de Gaza, a população local sofre com constantes ordem de evacuação e bombardeios em locais anteriormente considerados zonas seguras.
Por sua vez, o Hezbollah comunicou o lançamento de dezenas de foguetes contra postos militares israelenses no norte do país e “complexos da indústria de defesa Rafael”, na cidade de Haifa, em resposta ao mais recente bombardeio israelense.
Desde a última semana , as explosões coordenadas de pagers e walkie-talkies, ação atribuída pelo Hezbollah a Tel Aviv que deixou 37 mortos e três mil feridos, e ataques aéreos de Israel em Beirute fizeram dezenas de vítimas no Líbano, cujo premiê, Najib Mikati, acusou o país vizinho de promover uma “guerra de extermínio”.
O primeiro-ministro também exortou a ONU, que recebe nesta semana os debates de líderes na Assembleia-Geral, a “desencorajar a agressão israelense”.
Já o aiatolá Ali Sistani, principal autoridade religiosa xiita no Iraque e no mundo, pediu “todos os esforços possíveis para frear” as investidas contra o Líbano.
(*) Com Ansa